O corte de gastos por meio da redução na quantidade de secretárias no Palácio Paiaguás faz parte das propostas de governo dos cinco postulantes ao cargo de governador. Apesar disso, a maioria deles também prevê a criação de novas Pastas no primeiro escalão.
Lúdio Cabral (PT), por exemplo, pretende intensificar o trabalho das secretárias de ponta e maximizar aquelas responsáveis pelas atividades meio. Com isso, pretende reduzir o número de servidores comissionais do Estado em, no mínimo, 20% para, assim, poder criar uma nova Pasta.
“O enxugamento irá acontecer no governo como um todo, nas secretárias, nas secretarias-adjuntas, nas autarquias, enfim. Com isso, podemos atingir uma redução de 20% dos cargos comissionados do Estado e, consequentemente, gerar uma economia absurda aos cofres públicos”, pontua.
Quanto à criação da nova Pasta, Lúdio alega que é de extremo interesse para o Estado, principalmente no que se refere à área econômica.
“Queremos criar a secretaria de Floresta. É um setor que pode crescer muito a nossa economia, pois tem um grande potencial no Estado. Irá tratar do manejo florestal, preservação ambiental e também do incremento de recuperação de áreas degradas”, esclarece.
Já o deputado estadual José Riva (PSD) afirma ter em seus planos a reestruturação de todo o Palácio Paiaguás, passando pela criação de duas novas secretarias. A intenção é dar assistência aos movimentos comunitários, aproximando-os da gestão, bem como descentralizar o governo.
“Nosso objetivo é dar um choque de gestão, mas, por outro lado, valorizar o movimento comunitário, descentralizar o governo. Tenho uma proposta de criar a secretaria de ação comunitária e, no enxugamento que nós vamos fazer, isto é perfeitamente possível, assim como criar a secretaria de desenvolvimento regional”, garante.
O senador Pedro Taques (PDT), por sua vez, não pretende criar novas secretarias. A intenção do pedetista é priorizar a eficiência da gestão, “aperfeiçoando” os serviços prestados por cada Pasta já existente no primeiro escalão.
“A tendência é enxugar a máquina e fazer uma reforma administrativa para dar mais agilidade, aproveitando o quadro de servidores de carreira”, enfatiza.
O jornalista José Marcondes, o Muvuca (PHS), compartilha a mesma ideia. Para ele, a criação de novas secretárias é “brincar com a sociedade pagadora de impostos”.
“Quero reduzir o número de secretarias, pois acredito que muitas servem apenas como cabide de emprego. A escolha daquelas que serão extintas acontecerá após de um estudo que será realizado durante o período de transição”, antecipa.
Silvia
Segunda-Feira, 28 de Julho de 2014, 11h41Cuiabano
Domingo, 27 de Julho de 2014, 10h33