Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 21h:39 | Atualizado:
DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
Advogado disse que houve "disparidade incrível" ao manter cabo preso e permitir prisão domiciliar ao coronel Zaqueu
O advogado Neyman Monteiro, que representa o cabo Gerson Luiz Correa Junior, afirmou após a decisão que manteve o policial militar preso, que entrará com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O defensor não quis falar sobre a possibilidade de uma colaboração premiada no momento, mas disse que a decisão depende do cabo.
Segundo o advogado, o militar estava confiante em ser solto na audiência realizada ontem na Vara da Justiça Militar de Cuiabá. Ao ser questionado se houve corporativismo por parte do conselho de coronéis que julgam o caso, Neyman preferiu não opinar, mas disse que houve uma disparidade muito grande nas decisões.
O cabo Gerson está preso desde maio de 2017 acusado de ser o principal operador do esquema de grampos telfônicos ilegais no Estado num esquema que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira. “Vamos entrar com um habeas corpus. Ainda não está se pensando em colaboração premiada. Temos que sentar com ele com mais calma. Depois de levar uma paulada desta de uma decisão contrária. É uma disparidade incrível que não podemos nem falar, porque se falar, falaremos o que não deve. O coronel, que responde a mais crimes que ele, teve concedida a soltura. O Gerson tem dois, falsidade ideológica e falsificação de documento”, apontou em relação ao coronel Zaqueu Barbosa, que também estava detido desde maio do ano passado, mas teve a prisão convertida para domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
O advogado não afirmou se o cabo fará um acordo de delação premiada. Segundo Neyman, a decisão de colaborar com a Justiça vai depender do militar, mas disse que irá conversar com ele com mais calma.
O jurista destacou que Correa colaborou com as investigações, que hoje estão centralizadas no Suprerior Tribunal de Justiça nas mãos do ministro Mauro Campbell. “Não quero falar de colaboração agora. Tenho que conversar muito com ele. Ele fez um interrogatório, que foi até publicado. Isso ficará a cargo dele, sobre fazer ou não uma colaboração premiada. Eu não oriento nada. Ele que decide. A defesa só assina papel. Se ele quiser fazer uma delação, o critério é dele”, disse o defensor.
A liderança do esquema de grampos ilegais é atribuída, segundo denúncias, ao coronel Zaqueu Barbosa, ex-comandante geral da Polícia Militar, que ontem teve a prisão em regime fechado convertida em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. O advogado do cabo Gerson acredita que seu cliente foi convidado para participar por ser referência no assunto, no Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). “Pra vocês verem, as palavras do Torezan, das coisas que ele fez no Gaeco, praticamente sozinho. É o que ele explicou. Com o conhecimento, a capacidade dele e quase 16 anos de Gaeco, tinha pleno conhecimento de tudo sobre interceptação telefônica. Era uma pessoa que conduzia, quase sozinho, o Gaeco, trabalhando em várias operações, mesmo sem tanta tecnologia”, afirmou o advogado.
Dos presos em decorrência dos grampos ilegais, apenas Correa segue preso. Os ex-secretários Paulo Taques e Rogers Jarbas, da Casa Civil e Segurança Pública, respondem em liberdade.
Zepovinho
Segunda-Feira, 12 de Fevereiro de 2018, 14h43ZAZA
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