Vereador cita atraso com fornecedores, nepotismo e pede nova Intervenção em Cuiabá

 

O vereador de Cuiabá, Luiz Fernando (Republicanos), irá protocolar junto ao Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) um novo pedido de intervenção na Secretaria Municipal de Saúde da capital. Como justificativa, o parlamentar aponta que o Hospital Municipal de Cuiabá se transformou em um "hospital de fachada" denunciando ainda um suposto nepotismo no comando do setor na administração.

O parlamentar pretende protocolar o pedido nos próximos dias, já que terá uma reunião justamente com representantes do TCE e do MP nesta quarta-feira. Segundo o vereador, além de ser deficitário e contar com uma gestão precária, o HMC vive com um problema grave em sua administração, tendo em vista que só os "empresários apadrinhados" estariam recebendo em dia.

“O HMC atualmente gasta mais de R$ 15 milhões por mês e acumula um déficit de mais quase R$ 15 milhões. Hoje, quem recebe ali são os apadrinhados. Se tiver uma ligação com a gestão, recebe. Se não, fica como no caso da Ortopedia, que vai para quatro meses sem receber. O atraso em algumas outras especialidades chega a seis meses, como a Urologia, que está padecendo. É um hospital de fachada”, denunciou.

Dr. Luiz Fernando também revelou a existência de um suposto nepotismo existente na gestão da Empresa Cuiabana de Saúde Pública e da Secretaria Municipal de Saúde da capital. O vereador apontou que nos dois órgãos, um casal é responsável pelas Finanças, o que se configuraria como uma contratação inadequada pela Prefeitura de Cuiabá.

“Nós detectamos que hoje existem dois cargos dentro da empresa Cuiabana de Saúde que são essenciais. Um deles é o responsável pelas finanças, que é o senhor Giovanni, nomeado no dia 6 de janeiro. A esposa dele, a senhora Jaqueline, acaba de ser nomeada no dia 19, também para assumir as finanças, só que da Secretaria Municipal de Saúde. Isso é nepotismo e, mesmo se não for direto, é um nepotismo cruzado. Então nós precisamos investigar e isso não pode acontecer”, completou.

Nota à imprensa

O diretor administrativo da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), Giovani Valar Koch, não tem qualquer relação com contratações realizadas na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A ECSP é uma empresa pública com administração independente da administração da SMS. Não existe relação de subordinação entre os dois órgãos e não há, portanto, controle do diretor da ECSP em nomeações da Secretaria.