O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que uma fiscalização na boate Crystal Night Club, para verificar se alguma atividade ilícita é praticada no estabelecimento, "poderá ocorrer a qualquer momento". No entanto, o local não será fechado, necessariamente. O prefeito destacou que atividade de “cafetinagem” é ilícita e que a secretária Municipal de Ordem Pública, delegada Juliana Palhares, já recebeu indicação para apurar o que ocorre no local.

“Eu disse que se tivessem irregularidades a gente ia buscar a solução dessas irregularidades, eu não disse que iria fechar. Falei que vai fechar se tiver irregularidade, assim como qualquer outro estabelecimento, não é só, específica, a Crystal”, explicou Abilio. A Secretaria Municipal de Ordem Pública (SORP) realizou neste mês a “Operação Retomada” no bairro Porto.

Durante a ação, 4 bares foram fechados por irregularidades no alvará de funcionamento e suspeitas de servirem como pontos de prostituição. “Casa noturna com a finalidade de prostituição, seja diurna ou noturna, não é permitida dentro do perímetro urbano de Cuiabá, principalmente em ruas urbanas, com vizinhança residencial. Imagina se isso se multiplica. Ela está lá porque a licença de funcionamento é para outra atividade. Se há outra atividade lá dentro (...), eu não recebi nenhuma nota de prestação de serviço aqui, acho que ninguém está pagando ISS lá não”, disse o prefeito em tom bem-humorado.

No CNPJ da Crystal está descrito que as atividades de negócio da empresa são de "Restaurantes e similares" e "Discotecas, danceterias, salões de dança e similares". Abilio pontuou que não sabe dizer o que, de fato, é praticado lá dentro.

“Eu tenho que tomar cuidado de responder, porque quando eu era deputado eu tinha liberdade de falar, agora como prefeito eu não posso dizer que tipo de atividade exerce lá (...). Eu não tenho como responder qual é o tipo de atividade que é exercida lá naquele local. Se existe essa atividade de prostituição, se existe essa atividade de cafetinagem, é uma atividade ilícita, de certa forma, aplicada dentro daquele estabelecimento”, apontou.

O prefeito ainda destacou que o município tem problemas maiores para lidar no momento, mas que a Secretaria Municipal de Ordem Pública cumpre seu papel de fiscalização, que é obrigatório. “A gente já encaminhou à delegada Juliana Palhares. Provavelmente, a qualquer momento pode ter uma fiscalização no local para saber. Aí aqueles que, por exemplo, não puderem estar presentes no local, eu alerto que a fiscalização poderá ocorrer a qualquer momento sobre o pretexto de verificar se (...) está de acordo com as atividades do local, porque há um conceito popular sobre a funcionalidade daquele local”.