O governador Mauro Mendes (UB) negou um pedido de reconsideração apresentado pela defesa do ex-delegado da Polícia Civil, Eric Fantin, e o manteve exonerado do cargo. A decisão foi disponibilizada no diário oficial do Estado nesta sexta-feira (1º de agosto). O ex-servidor foi candidato à Prefeitura de Brasnorte em 2024, contra o prefeito Edelo Ferrari (UB), mas acabou perdendo o pleito. O adversário foi cassado em junho deste ano por comprar votos de indígenas com frangos congelados e combustível. 

Fantin tomou posse como delegado substituto da Polícia Civil em novembro de 2021 e ainda estava no período de estágio probatório com um salário de R$ 32 mil por mês. Após protagonizar escândalos incompatíveis com o cargo ocupado, incluindo atritos com outros colegas, ele foi alvo de uma comissão que decidiu por exonerá-lo, por falta de condições de ser efetivado na função de delegado da Polícia Civil.

A exoneração foi publicada no 14 de março deste ano e contestada por Fantin na Justiça. No entanto, o juiz Laio Portes Sthel, da Primeira Vara Cível de Juara, negou um mandado de segurança proposto por ele dois três depois. A defesa ingressou com um “pedido de reconsideração” ao Governo do Estado, mas foi em vão.

“Diante do pedido de reconsideração interposto por Eric Marcio Fantin, resolve: 1. Amparado nas razões exaradas pela Procuradoria-Geral do Estado nos autos, indeferir o pedido de reconsideração interposto e, consequentemente, manter a decisão recorrida, publicada no DOE nº 28.949, de 14 de março de 2025, p. 7, que determinou a exoneração do recorrente”, assinou o governador Mauro Mendes. 

RELEMBRAR É VIVER

Eric atuava como delegado Juara e, após ‘muito custo’ conseguiu licença para disputar e eleição em Brasnorte. Durante a campanha protagonizou debates intensos, com várias trocas de farpas com o prefeito, que se reelege por uma diferença de apenas 155 votos.

Apesar do revés no âmbito profissional, Eric Fantin acumula vitórias contra adversários. Além do prefeito Edelo Ferrari e a vice dele, Roseli Borges, cassados por comprar votos de indígenas com frangos congelados e combustível, também perderam os mandatos os vereadores Gilmar Celso Gonçalves (UB) e Reginaldo Martins Ribeiro, o ‘Carreirinha’ (MDB), que presidia a Câmara Municipal. 

Todos estão inelegíveis por oito anos e não podem disputar os próximos pleitos. Uma nova eleição deve ocorrer ainda neste ano. Além disso, a Justiça Eleitoral determinou a retotalização dos votos obtidos para o cargo de vereador, ou seja, a configuração do Legislativo de Brasnorte deve ser alterada.