Terça-Feira, 28 de Janeiro de 2020, 11h15
BELORIZONTINA
Morador de VG é contaminado por cerveja de MG que já matou 4 pessoas
Quadro de saúde só não piorou porque homem bebeu cachaça durante o consumo
RAMON MONTEAGUDO
Midianews
Um morador da cidade de Várzea Grande está entre as vítimas que foram intoxicadas pela cerveja Belorizontina, da marca Backer, que continha a substância dietilenoglicol. A substância provoca graves danos aos rins e pode levar à morte.
Até o momento, o número de suspeitos de intoxicação é de 29 pessos; quatro mortes foram confirmadas no País. Segundo apurou a reportagem, o homem passou as festividades de fim de ano com a família, que mora em Belo Horizonte, onde consumiu ao menos duas garrafas da cerveja.
No dia seguinte, ele teria começado a passar mal, com dores abdominais, náuseas e vômitos. Em seguida, procurou ajuda médica.
Curiosamente, segundo relatou uma fonte, que pediu para não ser identificada, seu quadro de saúde só não se agravou porque o homem teria tomado cachaça junto com a cerveja. O álcool etílico (etanol) é o antídoto contra o dietilenoglicol, e está sendo usado para o tratamento das vítimas.
Dias depois, após o tratamento, o homem voltou a Mato Grosso, mas precisou ser novamente internado. Ele ficou quatro dias recebendo cuidados médicos, em um hospital de Cuiabá, durante a semana passada.
A cervejaria Backer enviou uma equipe a Cuiabá para acompanhar o tratamento. A reportagem entrou com um familiar do homem, que confirmou o caso, mas preferiu não dar maiores detalhes sobre a ocorrência. “Realmente estivemos em Minas Gerais e ele consumiu a cerveja... Mas ele é muito reservado e não quer dar entrevista. O que eu posso dizer que o estado de saúde dele, hoje, está normal”, disse.
A Anvisa e a Justiça determinaram o recolhimento de 82 lotes da Belorizontina e interditaram por 90 dias todos os rótulos da Baker com data de validade posterior a agosto de 2020. O dietilenoglicol é uma substância anticongelante, usada no sistema de serpentinas, para resfriar a cerveja.
O fluido não entra e contato direto com a cerveja, e uma das hipóteses é que uma falha na vedação das serpentinas colocou a substância em contato com a bebida. A outra hipótese que está sendo investigada é se houve sabotagem.
Pelo nível de toxicidade, a substância quase não é usada na fabricação de cervejas, cujas fábricas, mesmo artesanais, preferem o uso do etanol, não tóxico para o ser humano.
Veja os lotes com risco de intoxicação e recolhidos por determinação judicial:
CAPITÃO SENRA – LOTES L2 1609 e L2 1571
PELE VERMELHA – LOTES L1 1448 e L1 1345
FARGO 46 – LOTE L1 4000
BACKER PILSEN - LOTES L1 1549 e L1 1565
BROWN - LOTE 1316
BACKER D2 – L1 2007
BELORIZONTINA – LOTES 1348, 1546, 1487, 1593, 1557, 1604, 1474, 1081, 1075, 1088, 1078, 1104, 1144, 1136, 1172, 1110, 1159, 1166, 1147, 1176, 1169, 1187, 1205, 1197, 1215, 1227, 1253, 1244, 1260, 1275, 1272, 1269, 1295, 1307, 1301, 1304, 1322, 1334, 1354, 1373, 1388, 1379, 1392, 1398, 1383, 1376, 1406, 1370, 1412, 1415, 1424, 1428, 1421, 1433, 1436, 1446, 1455, 1440, 1467, 1464, 1479, 1482, 1493, 1506, 1718, 1518, 1521, 1534, 1552, 1574, 1580 e 1615.
CAPIXABA – LOTE 1348
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