O soldado da Polícia Militar de Mato Grosso, Ricker Maximiano de Moraes, foi condenado a 12 e 10 meses de prisão, em regime fechado, por tentativa de homicídio contra um adolescente de 17 anos e jogador de futebol à época, em 2018, em Cuiabá. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (8).
Atualmente preso, o PM também é investigado pelo assassinato da esposa, Gabrieli Daniel Souza de Moraes, de 31 anos, que seria uma das testemunhas do processo. A defesa de Ricker chegou a alegar que ele possui um histórico psiquiátrico grave e contínuo, com múltiplos afastamentos do trabalho, diagnósticos de transtorno delirante específico, com episódio depressivo grave e reações agudas ao estresse.
Além disso, a defesa apontou recomendações reiteradas para o desarmamento do policial. Porém, o promotor de Justiça Rodrigo Ribeiro Domingues, responsável pelo parecer, negou o pedido de exame mental e argumentou que o réu participou normalmente do processo e nunca demonstrou comportamentos que indicassem comprometimento mental, nem houve qualquer indício que colocasse em dúvida sua capacidade de ser julgado pelo crime.
Em junho de 2018, a vítima estaria indo para casa ao lado de dois amigos, também adolescentes, na Avenida General Melo, quando passou ao lado de Ricker, que estava discutindo com a então namorada da época. Ao perceber que os adolescentes estariam rindo da situação, o suspeito questionou: "O que vocês estão rindo? Vaza, vaza."
Na sequência, levantou a camisa, pegou uma arma de fogo que estava na cintura e perseguiu os adolescentes. O suspeito atirou pelas costas e atingiu um dos adolescentes.
Devido à gravidade do ferimento, a vítima precisou passar por uma cirurgia de emergência e, atualmente, faz uso de uma sonda para urinar, já que perdeu a sensibilidade na bexiga e não consegue mais sentir vontade espontânea de ir ao banheiro. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), o PM foi denunciado por motivo fútil, considerando que o suspeito atirou por não gostar de ter sido observado durante uma discussão, e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O policial militar Ricker Maximiano está preso por ter matado a própria esposa a tiros, no Bairro Praeirinho. Após o crime, ele deixou os filhos do casal na casa dos avós paternos pelo e logo em seguida fugiu do local. O delegado responsável pelo caso, Edson Pick, informou que ele se apresentou à polícia e que permaneceu em silêncio durante depoimento.
A motivação do crime não foi informada e o caso é investigado como feminicídio pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Já em setembro de 2023, Ricker afirmou em entrevista que atirou contra um cão da raça american bully para defender a filha diante da aproximação repentina do animal, dia 3 de setembro deste ano no Bairro Shangri-lá em Cuiabá.
As imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que o militar chega no portão da própria casa, segurando a filha no colo, enquanto outros familiares dele esperavam dentro do carro. Pouco depois, o cachorro escapa da casa vizinha e atravessa a rua, indo na direção de Moraes, que saca uma arma e atira contra o animal.
Emerson José de Siqueira
Quarta-Feira, 09 de Julho de 2025, 17h27Indigninadissimo
Quarta-Feira, 09 de Julho de 2025, 08h05Ronaldo Acosta
Quarta-Feira, 09 de Julho de 2025, 07h56Pais sem lei
Quarta-Feira, 09 de Julho de 2025, 07h53Cético
Quarta-Feira, 09 de Julho de 2025, 07h47Xomano
Quarta-Feira, 09 de Julho de 2025, 06h46Cuiabano
Quarta-Feira, 09 de Julho de 2025, 06h42William
Terça-Feira, 08 de Julho de 2025, 22h08