Economia

Quarta-Feira, 04 de Dezembro de 2024, 12h02

FAZENDA RAFER

AL investiga venda de área de 700 hectares do Estado para fazendeiro

Homem pagou apenas R$ 675 mil por área devoluta

Da Redação

 

O deputado estadual Valdir Barranco (PT) apresentou, na última quarta-feira (27), o requerimento 440/2024, solicitando ao Presidente do Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso (Intermat), Francisco Serafim de Barros, informações detalhadas sobre o processo de regularização e posterior venda da Fazenda Rafer, localizada no município de Santa Carmem. A Fazenda Rafer, com cerca de 700 hectares, foi vendida ao presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson José Redivo, pelo valor de R$ 674.918,51.

A propriedade era considerada terra devoluta do Estado, conforme publicação no Diário Oficial, antes do processo de regularização fundiária e georreferenciamento, que justificou que a área estaria "deslocada". Questionamentos sobre a transparência, legalidade e critérios técnicos utilizados no processo geraram preocupação no legislativo.

Em seu requerimento, Barranco destacou a importância de esclarecer a situação. “A regularização fundiária precisa ser conduzida com total transparência, respeitando o interesse público e a legislação vigente. Precisamos garantir que nenhuma etapa do processo comprometa nosso compromisso com a proteção do patrimônio público e do meio ambiente”, afirmou o deputado.

A Fazenda Rafer está localizada em região de grande relevância ambiental, inserida no contexto da Amazônia Legal. Para Barranco, “a floresta amazônica é um patrimônio inestimável, e todas as ações relacionadas à sua regularização fundiária e uso econômico precisam ser tratadas com extrema responsabilidade”.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que, em 2023, o estado de Mato Grosso foi responsável por cerca de 20% do desmatamento total na Amazônia, o que acentua a necessidade de um controle rigoroso sobre atividades fundiárias e ambientais.

O deputado também mencionou a solicitação de licença para exploração florestal antes da finalização do processo de venda, o que reforça a necessidade de apuração sobre o cumprimento da legislação ambiental. Além disso, ele cobra informações sobre os critérios técnicos utilizados na avaliação da área, o histórico de titularidade da terra e a análise de impacto ambiental feita pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT).

O deputado solicitou o apoio dos colegas parlamentares para aprovação do requerimento, reafirmando o papel fiscalizador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. “O nosso compromisso é com a transparência, o meio ambiente e o patrimônio público. Este requerimento busca esclarecer os fatos e garantir que o interesse da sociedade prevaleça”, concluiu.

OUTRO LADO

O Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso (Intermat) esclarece que o processo de regularização e venda da área onde está localizada a Fazenda Rafer seguiu os trâmites legais previstos na Lei nº 10.863/2019 e no Decreto 146, de junho de 2019. 

Importante destacar que o processo de regularização da área foi autorizado pela Assembleia Legislativa, conforme a Resolução nº 867/23, assinada pelos deputados Valdir Barranco, Eduardo Botelho e Max Russi, após aprovação da Comissão de Agropecuária e Regularização Fundiária.

A venda do imóvel seguiu os critérios de cálculo determinados na legislação vigente.

Comentários (6)

  • OXIURANOS  |  05/12/2024 01:01:58

    SE A VENDA FOSSE A UM DEPUTADO,DESSE CABARÉ, AL MT OU APANIGUADO, NÃO HAVERIA PROBLEMAS OU QUALQUER OBJEÇÕES, PORÉM, COMO NÃO FOI, O INTERMAT E O GOVERNO E COMPRADOR, OS BENEFICIADOS POR MUTRETAS, A "HORDA" DE SANTINHOS DA AL MT, TENTAM DAREM UM AR DE PROBIDADE NO TEMPLO SECULAR, DA MAFIAGEM!!

  • JOSÉ |  04/12/2024 17:05:13

    OSNEY OLIVEIRA, deixa de ser BURRO, na certa ele sabe como é a tramitação, os procedimentos e a legalidade com relação a esse tipo de processo. Deve ser justamente por esse motivo, por ser conhecedor do assunto, que ele está buscando as informações DETALHADAS, pois alguma coisa deve estar errada. No meu caso que confesso ser IGNORANTE COM RELAÇÃO AO ASSUNTO, MAS NÃO SOU BURRO, entendo que tem coisas erradas sim, principalmente com relação ao PREÇO, pois Pagar menos de 1000REAIS por hectare até "OCE" que é burro, compraria, não é mesmo???

  • paulo diants |  04/12/2024 16:04:01

    Parabens Barranco. É possível ter 3 cantos

  • Marcio |  04/12/2024 14:02:33

    UMA AUDITORIA PROFUNDA ABRIRÃ A CAIXA PRETA

  • guaraná ralado |  04/12/2024 13:01:45

    barranco é igual o PT, protegendo a floresta para vender à china !!!kkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Osny Oliveira |  04/12/2024 13:01:21

    Essa Corja do PT pensa que todo mundo é igual a eles !!!! O Barranco foi Superintendente do INCRA e deveria saber como é feito um processo de regularização fundiaria; mas o bicho é PT

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