A pistola nove milímetros usada para matar o advogado Renato Nery, 72 anos, em Cuiabá, foi apreendida durante a "Operação Office Crimes – A Outra Face", deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (6). Os policiais civis também prenderam o dono da motocicleta usada pelo atirador no dia do homicídio.

A arma não é de uso oficial da PM. As informações foram repassadas em uma breve coletiva de imprensa comandada pelo delegado Caio Albuquerque, nesta manhã.

Ao todo, seis mandados de prisão temporária foram expedidos. Cinco foram presos. Até o momento, quatro dos seis alvos da "Operação Office Crimes – A Outra Face" foram identificados. São eles: o cabo Wailson Alesandro Medeiros Ramos, que era lotado na Casa Militar até ontem; o soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira e os terceiros sargentos Leandro Cardoso e Heron Teixeira Pena Vieira. As ordens foram cumpridas no  Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam).

Alex Roberto de Queiroz Silva, identificado como caseiro  é o autor dos disparos. Ele também foi preso.  A chácara que o caseiro atua fica no Capão Grande, em Várzea Grande. 

A Polícia Militar de Mato Grosso informou, por meio de nota, que a Corregedoria-Geral acompanha os fatos. Conforme Caio, a rota de fuga do assassino também foi esclarecida durante as investigações.

Contudo, outras informações ainda seguem sob sigilo porque as diligências estão em andamento. "Durante a apreensão, apreendemos a arma que matou o advogado Renato Gomes Nery e também esclarecemos a rota de fuga do piloto da moto. Efetivamos também a prisão do dono dessa moto. Essas são as informações que foram apuradas até o momento. Obviamente, as investigações continuam para o esclarecimento do caso", disse.

O jurista morreu em um hospital particular após ser baleado na nuca no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, na capital. O atirador estava em uma motocicleta, que também foi apreendida durante a operação.

Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil cumpriu medidas cautelares como parte da investigação sobre o escritório JB Advocacia, dos investigados, na capital. Em novembro de 2024, a DHPP executou cinco mandados de busca em endereços residenciais e comerciais dos investigados nas cidades de Cuiabá e Primavera do Leste.

NOTA DA PM

A Polícia Militar de Mato Grosso confirma que cinco policiais foram alvos de mandados de busca e apreensão e prisão temporária, em uma operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, nesta quinta-feira (06). Quatro militares foram conduzidos até o momento. 

A PMMT informa ainda que a Corregedoria-Geral acompanha os fatos.

A corporação reforça que não coaduna com nenhum tipo de crime, seja dentro da corporação ou fora dela.