Política

Quinta-Feira, 12 de Março de 2015, 09h48

GASTOS S/A

AL gasta R$ 1,3 mi com passagens num mês e poder aumentar VI

A Gazeta

 

Em meio à série de medidas anunciadas pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), na tentativa de reduzir os custos da Casa, incluindo suspensão de contratos e exoneração de servidores comissionados, o parlamentar admitiu que já está em estudo no Legislativo a proposta de aumento da verba indenizatória paga mensalmente aos deputados. “Deve ter uma mudança que nós estamos estudando em função de atualização financeira e de haver muitos penduricalhos, mas isso vai passar por uma análise dos deputados antes da gente anunciar”, declarou o presidente.

O benefício é destinado a custeio da atividade parlamentar e foi instituído pela Lei 8.112, de abril de 2010, que revogou a legislação de 2004 que tratava sobre o assunto. Na época, foi fixado o valor de R$ 15 mil mensais para cada deputado estadual.

Contudo, pouco mais de um ano depois, o montante foi reajustado para R$ 20 mil por mês. Para a atual legislatura, o valor fixado foi de R$ 35 mil mensais, que começaram a ser pagos no mês passado.

Contudo, alguns parlamentares vêm reclamando que não estão recebendo o benefício. Segundo o presidente da Casa, a pagamento foi efetuado ontem (11), mas alguns deputados já teriam recebido na semana anterior o montante.

Maluf explica que o descontentamento destes parlamentares se deve à falta de informação sobre o procedimento para o pagamento do benefício. Conforme o tucano, os valores referentes ao mês de fevereiro serão pagos somente no mês que vem.

Desta forma, o benefício já percebido pelos parlamentares refere-se à janeiro, período anterior à abertura do ano legislativo, ou seja, quando, em tese, não haveria atividade parlamentar a ser ressarcida, uma vez que a cerimônia de posse ocorreu em 1º de fevereiro. Paralela à discussão sobre o aumento da verba indenizatória, a Assembleia chegou a cogitar a instituição do auxílio moradia, pago aos parlamentares federais e aos servidores Judiciários.

Ainda, diferentemente do que ocorre no Congresso, os gastos com passagens aéreas para a atividade parlamentar não integram a verba indenizatória. Somente em dezembro do ano passado, a ALMT gastou aproximadamente R$ 1,364 milhão com passagens e despesas de locomoção de seus servidores.

Na Câmara Federal, os deputados de Mato Grosso contam com R$ 39,056 mil de Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP). Agora em discussão no Legislativo Estadual, a majoração da verba indenizatória da Câmara de Cuiabá foi alvo de decisão judicial que determinou a redução dos benefícios pagos aos parlamentares, uma vez que ao avaliar a ação proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) questionando a legalidade da verba, a desembargadora Maria Erotides Kneip entendeu ser imoral o aumento realizado nos últimos anos pelo Legislativo Municipal, que em 2012 passou a pagar R$ 25 mil por mês para cada vereador.

Comentários (2)

  • BESOURO |  12/03/2015 15:03:24

    OTHON...JANEIRO É MÊS DE FÉRIAS.

  • Othon Fialho Blessmann |  12/03/2015 13:01:35

    Se considerarmos o preço médio de R$600,00 por bilhete,com o valor poderiam ser adquiridos mais de 2000(dois mil)bilhetes.Com certeza,usando um termo da moda,nada republicano.Enquanto suas excelências e protegidos"voam",os doentes morrem por falta de transporte para tratamento.Está na hora de pensar:o custo compensa o retorno à sociedade?Qual a necessidade de tamanha estrutura e gasto?O que produzem para o bem público?Certamente há forma mais barata de legislar,

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