Política

Segunda-Feira, 14 de Julho de 2025, 11h24

SENTENÇAS

CNJ julga no dia 5 PAD e deve aposentar desembargador de MT

João Ferreira está há quase um afastado

BRENDA CLOSS

Da Redação

 

O desembargador afastado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), João Ferreira Filho, terá seu Processo Administrativo Disciplinar (PAD) julgado no próximo dia 5 de agosto pela Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ). O corregedor nacional, conselheiro Mauro Campbell Marques, agendou a data em junho deste ano. 

A expectativa é de que Campbell peça a aposentadoria compulsória do desembargador matogrossense um ano após o início da investigação. João Ferreira filho é acusado de integrar um esquema de venda de sentenças no Judiciário de Mato Grosso, junto com o colega do ‘toga’ Sebastião de Moraes Filho.

O escândalo veio à tona após a morte do advogado Roberto Zambieri, em dezembro de 2023. Em agosto de 2024 a dupla de desembargadores foi afastada de suas funções por determinação do próprio CNJ.

João e Sebastião também foram alvos da primeira fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de investigar o crime de lavagem de dinheiro decorrente do esquema de venda de decisões judiciais revelado com a deflagração da 1ª Fase, em 26 de novembro deste ano.  A filha de João, Alice Terezinha Artuso, chegou a ser alvo da segunda fase da operação.

Desde quando foram afastados, os desembargadores Sebastião Moraes e João Ferreira são monitorados por tornozeleira eletrônica. Eles também tiveram os passaportes apreendidos, além de bloqueio de bens e valores. 

Na decisão em que o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a deflagração da Operação Sisamnes, foi revelado que o advogado Roberto Zampieri ofereceu um relógio de luxo, da marca Patek Phillipe, para João Ferreira, avaliado em R$ 300 mil. CASO ZAMPIERI - Roberto Zampieri, de 56 anos, foi assassinado com mais de 10 tiros em 05 de dezembro de 2023, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O jurista estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com disparos de arma de fogo. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso. No dia 22, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro, foi apontado como intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo. Coronel do Exército, Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, foi preso no dia manhã de janeiro, em Belo Horizonte (MG), acusado de ser o financiador do crime. O suposto mandante é o produtor Aníbal Manoel Laurindo.

Comentários (1)

  • Saulo |  14/07/2025 11:11:56

    E o resto?

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