Política

Domingo, 01 de Maio de 2022, 14h17

VISITA A CUIABÁ

Conheça jovens que se destacaram em protesto durante visita de Bolsonaro a Cuiabá

Jolismar Bruno

Gazeta Digital

 

A vinda do presidente Jair Bolsonaro a Cuiabá, pela segunda vez, no dia 19 de abril, mobilizou milhares de apoiadores para a passagem do líder pela capital mato-grossense. Ao chegar, o presidente foi recepcionado por simpatizantes no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. Participou de uma ‘motociata’ pelas ruas da região metropolitana. Logo em seguida de dois eventos evangélicos: no lançamento da Marcha para Jesus no bairro Praeiro e, no Grande Templo da Assembleia de Deus, no Centro Político Administrativo.

O momento também foi propício para que cuiabanos que são contra o atual governo se manifestassem. Um momento marcante dos opositores foi uma faixa estendida por jovens em um viaduto  na avenida Miguel Sutil, com a frase: “Cuiabá: capital do ossinho. Fora Bolsonaro!”.

O GD foi atrás desses jovens que com poucas pessoas fizeram uma manifestação pacífica e que gerou grande repercussão. 7 pessoas organizaram o protesto. 3 dos 4 jovens que aparecem na imagem - Luan Ribeiro, Gabriel Henrique e Denilson D’arc -  contam como surgiu a ideia de realizarem o ato. 

Os jovens militantes são amigos e se conheceram através de movimentos estudantis.

Gabriel Henrique, 26 anos, estudante de ciências sociais, conta que decidiram fazer a manifestação de última hora e de maneira espontânea. “Quando a gente ficou sabendo que Bolsonaro viria para Cuiabá,  a juventude decidiu se organizar para dar uma resposta a esse governo”, afirma. “Sabemos que seria um ato ousado, mas a gente precisava dar um recado para o Bolsonaro”, completa.

A imagem que aparece os 4 jovens com a faixa saiu em diversos portais de notícias de Cuiabá, de Mato Grosso e do país.  Gabriel Henrique afirma que desde o início esperava que o ato tivesse esse efeito. “A repercussão se dá por que as pessoas estão inconformadas com esse governo! Por mais que elas não estejam indo às ruas, quando elas vêem um ato simbólico, elas se sentem representadas”.

Denilson D’arc, estudante de História na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), afirma também que esperava a repercussão, mas destaca que não organizaram o ato com esse intuito. “Quando a gente pensou em fazer essa ação, não pensamos em números. Pensamos em dar o nosso recado!  Quando chegamos em casa, já estava em diversos portais. Então, superou as nossas expectativas”, afirma. 

Já Luan Ribeiro, 24 anos, também estudante de Ciências Sociais, não imaginou que seria ‘muito volumoso’. “Não é a primeira vez que fazemos uma contra recepção [sic] do Bolsonaro aqui em Cuiabá. Ele já esteve no Hotel Fazenda Mato Grosso e nós estivemos lá, mais próximo dele e a repercussão não foi tão grande”, destacou.

A cena dos jovens, com a faixa estendida, chegou a ser filmada pela própria página do presidente, que fazia transmissão ao vivo do percurso.

A fila dos ossos, em Cuiabá, ganhou destaque na mídia local, regional e nacional no ano passado. Famílias carentes da região metropolitana formam filas para receberem doações do corte bovino, popularmente conhecido como ‘ossinho’, de um açougue no bairro CPA 2. Luan Ribeiro relata de quem foi a ideia de relembrar o caso da fila dos ossos de Cuiabá. “O Gabriel e o Eduardo se reuniram no dia anterior e conversaram sobre como seria o ato. A ideia surgiu dos dois! A gente sabia que ia fazer faixas, né? Só não sabíamos ainda o conteúdo. O Eduardo deu a sugestão de que deveria ser relacionado aàfila do ossinho. E fizemos duas [faixas] diferentes, mas todas com o mesmo conteúdo, sobre a fila dos ossos”. 

Esse acontecimento foi lembrado pela escola de samba Gaviões da Fiel, de São Paulo,  em desfile no carnaval deste ano. Um dos carros alegóricos reproduzia a imagem de um menino segurando um prato de ossos, fazendo referência ao caso ocorrido em Cuiabá.

O medo de sofrerem algum tipo de agressão esteve presente com o grupo. Clarinda Tavares, que também fez parte da organização e foi para fotografar e divulgar o material em portais de notícias e nas redes sociais, destaca o medo que sentiu. “Fiquei muito receosa. Dá um nervoso, né? Essa é a primeira vez que fui num manifesto no qual estaria ali de frente com pessoas que deturpam a nossa imagem e elas têm uma imagem construída de quem é contra o Bolsonaro. Mas, depois de ter conversado com alguns companheiros e olhando para nossa situação atual (social e pessoal), isso deu força de querer me manifestar e dizer em uma passeata que não está tudo bem”, afirmou a jovem para a reportagem.

Clarinda Tavares fez um registro onde aparece Policiais Militares tentando retirar os jovens do local. Segundo ela, as autoridades tentaram interromper o ato político. "A gente teve uma interferência da PM. Eles estavam tentando fazer a gente tirar a faixa ou sair do local. Disseram que não garantiriam a nossa segurança, enquanto a ‘motociata’ estivesse passando”, destacou.

Luan Ribeiro afirma que chegou a conversar com os colegas para não ficarem em cima do viaduto por receio de serem agredidos. “No dia anterior, a gente conversou bastante e falei que precisaríamos estudar medidas para sair dali rápido, se precisasse. Mas, como eles só estavam passando, durante o ato, conseguimos ter uma segurança maior. Conversamos que quando eles passassem não seria bom ficarmos mais em cima, com tanta visibilidade. Seria melhor ir para baixo que conseguiríamos enfrentar de lá, onde tinha a segurança mais próximo”, comenta.  

As duas faixas foram confeccionadas por Luan Ribeiro.

Organizadores da manifestação

Luan Ribeiro, Gabriel Ferreira, Denilson D’arc, Eduardo Gomes, Clarinda Tavares, Ana Caramello, Sophia Cardoso.

 

Comentários (23)

  • luiz jose |  12/05/2022 12:12:49

    ESSES MANIFESTANTES CONTRA O PRESIDENTE, E PROVAVEL QUE NAO TRABALHA ISSO E FATO!

  • Nem lulla Nem Bolsonabo |  02/05/2022 12:12:05

    Quando eu tinha 12 anos, fui estudar a noite para poder trabalhar durante o dia... detalhe, na época eu não precisava, era simplesmente por questão de formação de caráter...

  • Nem lulla Nem Bolsonabo |  02/05/2022 12:12:04

    26 anos estudante... por aí já se vê que nem para estudar presta... ainda se estivesse fazendo medicina justificaria, mas ciências sociais???

  • aquiles |  02/05/2022 10:10:40

    Parabén !! temo que ser mais conscientes na eleição , chega de votar em que não luta para o povo , somente os ricos estão ficando miliários enquanto o pobre fica mais pobre, este Presidente atual é uma fanfarrão e fake news, negacionista, está acabando com o Brasil, e coloca a culpa nos outros, até hoje não mostrou o que veio. #forabolsonaro #foragenocida

  • FalaMt |  02/05/2022 10:10:36

    Daria muito trabalho ir atrás de quem de fato trabalha e faz a economia desse pais girar, aqueles que estavam de camisa verde e amarela, para mídia só existe um lado? desocupados, lgbt... a minoria? que bom que a maioria sabe qual lado seguir...

  • EDELBERTO SCHUSTER |  02/05/2022 10:10:19

    FILA DO OSSINHO COMEÇOU DESDE LULA NO GOVERNO. PENSA AIH.....

  • CONHECENDO OS INUTEIS |  02/05/2022 08:08:42

    *** Denilson D?arc: - Candidato a vereador de Cuiabá pelo PT - Ocupação: Estudante, Bolsista, Estagiário E Assemelhados - NO INSTAGRAM Tà COMO ESTUDANTE DE HISTÓRIA, NO FACEBOOK FILOSOFIA... kkkkkk - Secretário Geral da @ueemt (A União Estadual dos Estudantes/MT é a entidade que representa todos os estudantes de MT, filiada a @uneoficial.) - Secretário Estadual da JPT-MT @jptmatogrosso13 *** Sophia Cardoso - TVU UFMT (Trampão hein) DAQUI A POUCO MAIS....

  • Gina |  01/05/2022 21:09:43

    Pior é um site de notícias "ir atrás" destas pessoas para fazer esta matéria ridícula. Não tem notícias para divulgar,fecha o jornal.

  • Gonçalo Corrêa  |  01/05/2022 21:09:12

    Valeu jovens não se calam mesmo, quanto a esses comentários aqui em baixo não se preocupe aqui está os guardadores dos valores da famílias e de Deus, pelos menos eles dizem que exemplos. Com certeza a vida econômica deles estão melhor, eles tem salários altos, carne só picanha,gasolina eles pagam 2.50. Etc... Para eles o Brasil está bem.

  • ana |  01/05/2022 20:08:17

    um comentario melhor que o outro, valeu galera

  • Comentarista |  01/05/2022 19:07:58

    Por que não foi divulgado em que trabalham? Quase 30 anos na cara, se brincar moram com os pais. Estudante de história e ciências sociais, fala sério. Vão trabalhar e produzir cambada.

  • Mdk |  01/05/2022 19:07:18

    Kkkkkk.... olha o título da matéria.... destacaram em que? Coitados.... desespero é complicado hein.... uma pena esse site de rebaixar a isso. Já que não surtiu efeito fazem uma matéria dessa pra implorar atenção....

  • Sem futuro |  01/05/2022 18:06:34

    Meia dúzia de sem-futuro que só querem saber de fumar maconha e nunca pagaram um centavo de imposto ao país, nunca produziram nada e nunca fizeram nada de útil. Ou seja, trocado por um saco de merda, você perde a embalagem!

  • O Pois eu continuo votando em Bolsonaro  |  01/05/2022 18:06:08

    Pois eu continuo Bolsonaro

  • André  |  01/05/2022 17:05:58

    26 anos estudante? Uma criança! Trabalhar não quer né.

  • ana |  01/05/2022 17:05:50

    destacaram?????? kkkk avisa pra eles que a fila do ossinho é de outras epocas não começou agora, não é?

  • Juliano |  01/05/2022 17:05:10

    Melhor ter colocado na faixa. Lula cadê nosso dinheiro do BNDES que foi para países comunistas..

  • BHtino |  01/05/2022 16:04:44

    Será q esses "mulekes" já aprenderam a somar 1+1....2+2..?. Será como eles escrevem a letra O....será fazem sentados.? Turminha de malandros bobos...DOUTRINADOS...ALIENADOS.! Sabem de nada....todos inocentes INÚTEIS.

  • Ggm  |  01/05/2022 16:04:09

    Parabéns juventude, continuem protestando contra esse desgoverno racista.

  • Ricardo |  01/05/2022 16:04:08

    Kkkkkkkkkkk! 3 jumentos

  • Daniel Arruda  |  01/05/2022 15:03:46

    Jovens de coragem. Parabens pela atitude!

  • Rafa |  01/05/2022 14:02:16

    Kkkkkkkkkkkkkkk.

  • Eleitor |  01/05/2022 14:02:08

    Ah, os famoso "jOvEns dInÂmIcOs", que vão mudar o mundo com muita lacração. Carpir um lote, ninguém quer.

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