Política

Segunda-Feira, 17 de Junho de 2024, 13h37

INVERSÃO DE VALORES

Deputado peita PL e vê aberração em projeto

ALLAN MESQUITA

Gazeta Digital

 

Deputado federal Nelson Barbudo (PL) criticou o projeto de Lei que prevê prisão para mulheres que realizarem o aborto após 22 semanas, mesmo em caso de estupro. O posicionamento foi considerado uma surpresa, tendo em vista que o parlamentar faz parte da extrema-direita e defende pautas conservadoras.

Ao comentar sobre a proposta, Barbudo classificou o PL como uma “aberração”. “Do jeito que o texto está é uma aberração. Eu sou contra o aborto, mas querer que uma mulher que foi estuprada, ser condenada a 20 anos de prisão e o vagabundo por aí solto. Não. Eu sou contra. E se o PL orientar para votar sim, eu vou votar contra e podem me expulsar”, disse em reportagem vinculada no Jornal A Gazeta.

Na última quarta-feira (12), a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência ao texto. A ideia dela é equiparar o aborto de gestação acima de 22 semanas ao crime de homicídio, podendo fazer que mulheres que passam pelo procedimento tenham penas maiores até que seus próprios estupradores.

Hoje, o procedimento só é permitido em 3 situações, que são: gestação decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia fetal. O objetivo é equiparar a punição à de homicídio simples, que pode chegar a 20 anos. A pena valeria tanto para grávidas, quanto para quem realiza o procedimento.

Barbudo, por sua vez, disse que vai pedir a liberação para votar contra. “Se não houver liberação e o texto permanecer desse jeito. Eu vou votar contra e se pedirem minha expulsão, que expulsem. É claro que não chegará nesse nível, mas eu não vou compactuar com essa inversão de valores”, finalizou.

Comentários (6)

  • Louis Aurélio  |  17/06/2024 16:04:53

    A PL 1904/2024 equipara o aborto após 22 semanas a pena de homicídio. Cara, sejamos sensatos, se a mulher foi estuprada ela vai esperar 22 semanas para fazer o exame para saber se está grávida? 22 semanas a criança já está formada e deve sim ser comparado a homicídio. Vale lembrar que a mulher antes das 22 semanas está amparada pelo direito do aborto (o que mesmo assim não concordo) mas é o que está na legislação: aborto é permitido em caso de estupro, de anencefalia e risco grave de morte para a mãe. Então a lei prevê pena para a mulher e seus colaboradores, sim, comparada ao homicídio. Agora, esse senhor, que esqueceu de comprar gillete, fala besteira. Aberração é esse indivíduo ter assumido a cadeira da dep. Amália. O Mato Grosso não tinha algo melhor? Por isso que sou a favor de ocuparem as cadeiras quem tem mais voto. O primeiro 1000, o segundo 1980, o terceiro 1700... etc. Agora um cara que faz 200 votos ocupar ligar de quem teve 1700 (números só para fim de compreensão). Falam do STF decidir se não teve voto, mas tem muito deputado e senador que também não teve voto. Como é o caso da dona Buzetti. Quem votou, votou no Favaro e não nela. Enfim a lógica é clara. Foi estuprada, espera uma semana e vai fazer exames. Agora esperar 22 semanas pra vir com este argumento. Me poupe.

  • Zé Loko |  17/06/2024 15:03:40

    Óóóó... O Urtigão sendo sensato pelo menos uma vez na vida. Seria mudança dos tempos? Vamos aguardar para ver

  • tony |  17/06/2024 15:03:38

    vem não bobão.Se tá querendo enganar .Sua opinião não é essa

  • Bruno |  17/06/2024 14:02:27

    Esse jornalismo militante nem sabe a diferença entre extrema direita e conservadorismo, tudo que está a direita da extrema esquerda é extrema direita?

  • VANDO |  17/06/2024 14:02:06

    ATE QUE FIM, ESSE PENSSO COMO UM SER RACIONAL DIFERENTE DO INRACIONAL DO ABILIO ANIMAL

  • Mauricio |  17/06/2024 14:02:04

    Rapaz! Que que é isso?! Verdade?! Se for, ainda resta esperança.

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