Após o pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, deputado Lúdio Cabral |(PT), declarar que está conversando com o presidente estadual do Cidadania, Marco Marrafon, para compor em seu arco de alianças, o presidente do PSDB, deputado Carlos Avallone, disse que está aberto ao diálogo, mas enfatizou sua pré-candidatura pela Federação formada pelas duas siglas.

 "O PSDB é aquele partido que não está na direita e nem na esquerda, mas recebemos apoio de todos. Não temos esse problema. Os que estão nos pólos não aceitam apoio e olha que estranho: quem tem que explicar quem apoia é quem dá apoio e quem recebe agradece. Lúdio é uma pessoa que tenho maior estima. É um grande parlamentar e eu sempre debato com ele. Temos coisas em comum e não vejo problema em conversar com ele", declarou à imprensa nesta quarta-feira (20). 

Apesar de não pontuar nas pesquisas de intenção de voto, o deputado afirma que é pré-candidato da Federação PSDB/Cidadania e cita que o maior problema é ninguém - tanto a imprensa, como institutos de pesquisa e os cuiabanos -, levar "a sério" sua pré-candidatura. "Hoje, eu sou pré-candidato embora ninguém acredite. O meu maior problema é fazer com que a imprensa e as pessoas acreditem nisso. Quem é candidato não vai apoiar ninguém, está procurando apoio. Ao sentar comigo e pedir o apoio, eu também vou pedir o apoio dele e dizer que minha vice está à disposição do PT", blefou. 

O legislador declarou ainda que não deseja deixar a cadeira que ocupa na Assembleia Legislativa (ALMT) para compor como vice do petista. "Deputado não tem sentido ser vice. Se você assumir por um dia como vice perde o mandato e não tem sentido algum. Não há essa possibilidade", avaliou o tucano. 

RIVAIS HISTÓRICOS

O PSDB é um partido político brasileiro de centro, às vezes associado à centro-esquerda ou à centro-direita que durante os anos 90 e 2000 travou embates emblemáticos nas campanhas presidenciais contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e acabou sendo visto por muitos eleitores como um partido mais "à direita". "Eu sempre disse que somos um partido de centro e que aceitamos o apoio da direita e estou eafirmando isso. Vamos analisar isso se eu não for candidato. Para pedir apoio eu digo: aceito o PT e o PL sem problema algum, estou à disposição, tenho projeto, plano de governo, estou preparado", garantiu.