Política

Terça-Feira, 29 de Novembro de 2022, 20h33

PREVIDÊNCIA

Estado não consegue isentar inativos

ALLAN MESQUITA

Gazeta Digital

 

Enquanto saboreavam almoço, cujo prato principal foi peixe, deputados estaduais sentaram à mesa com o governador Mauro Mendes (União) para tratar dos projetos de leis que são de interesse do Poder Executivo, principalmente aqueles que podem impactar nas contas públicas no próximo ano. O banquete foi servido aos parlamentares que compõem a base aliada no Palácio Paiaguás nesta terça-feira (29), após Mendes retornar de uma viagem de semanas ao Egito, onde participou da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP-27).

Durante a reunião, além de explicar a polêmica fala sobre o “confisco de terras”, Mendes comunicou os projetos que serão encaminhados à Casa de Leis e cobrou prioridade na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2023. Contudo, entre os assuntos, a ansiedade dos deputados era em saber qual seria o posicionamento do governo em relação à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 07, que prevê a isenção da alíquota previdenciária a todos servidores e pensionistas que ganham até R$ 7.080 mil ou se haveria alguma contraproposta para atenuar a taxação dos aposentados.

A resposta, no entanto, não foi das mais animadoras aos servidores. Conforme integrantes da base, Mendes informou que o Estado não teria condições financeiras para bancar a isenção proposta na PEC diante da queda de arrecadação impulsionada pelo corte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis.

“Ele [Mauro Mendes] disse que o governo não teria condições financeiras, prevendo uma queda de arrecadação para o ano que vem e o presidente vai decidir se vai colocar ou não a PEC em votação”, disse o deputado Paulo Araújo (PP).

Durante a reunião, o líder do governo na AL, deputado Dilmar Dal Bosco (União), que também é presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação (CCJ), antecipou que o texto da PEC deve receber parecer contrário por ser inconstitucional, justamente porque a Casa de Leis não pode "criar despesas ao Executivo".  Já o presidente da Casa de Leis, deputado Eduardo Botelho (União), que estava entre os presentes, disse que iria manter o combinado de esperar uma solução alternativa até a próxima sessão, nesta quarta-feira (30), antes de colocar a PEC em votação.

A proposta visa minimizar a reforma da Previdência que vigora desde 2020, quando o parlamento aprovou o aumento da alíquota previdenciária de 11 para 14% aos servidores estaduais. A regra inclusive passou a valer para os aposentados.

Diante da forte pressão em torno do tema, a expectativa é de que os parlamentares contrariem o governo e aprovem a PEC, mesmo sabendo que ela poderá ser facilmente questionada na Justiça e perder sua validade. “Vou manter o compromisso de esperar uma proposta e se não vir até o final da sessão eu vou colocar em votação”, disse Botelho. 

Comentários (8)

  • Servidor |  30/11/2022 13:01:14

    Mas consegue isentar em valor muito maior os barões do agronegócio. A diferença é que os inativos não financiam campanhas eleitorais, esse dinheiro é só para comprar comida e remédio.

  • Luiz Junior  |  30/11/2022 13:01:01

    São quase 19 bilhões de reais de dedução/renúncias de receitas no portal da transparência. Tira R$ 1 bilhão da dedução da receita que paga e sobra para isentar os aposentados até o limite da isenção do INSS!!!

  • cidadao |  30/11/2022 12:12:07

    NÃO CONSEGUE UMA VÃRGULA! NÃO QUER! TODO FIM DE ANO É ESSA FALTA DE RESPEITO, DE ENROLAÇÃO!

  • alexandre |  30/11/2022 08:08:10

    MM ruim com servidor, só gosta de TJ e MP..

  • #mausdomesmo |  30/11/2022 07:07:36

    Melancias! Se não o LULA ter taxado os inativos lá atrás, não estariam discutindo aumento de alíquota da previdência! Certo ! Melancia não tem memória! Também a imoral e inconstitucional VI, hj declarada penduricalhos pela imprensa idem, foi obra do Lula (EC 47/2005, Art 37 parágrafo 11, CF/88). Faça me o favor, um mínimo de respeito com o povo!

  • Desempregado |  29/11/2022 22:10:06

    Quem poder contrair contribua tributem o Agro, 1,5% Faixas de tributação, usam a estrutura, as estradas, tem que contribuir, urgente, quem ganha menos não tem condições

  • Todos |  29/11/2022 21:09:05

    PARA ESSE GOVERNO NUNCA DA SO UMA PERGUNTA SERA QUEM ESTÃ PAGANDO A PEIXADA COM CERTEZA O POVO

  • Fp |  29/11/2022 21:09:04

    Governo covarde.

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