Quarta-Feira, 18 de Agosto de 2021, 11h06
ARCA DE NOÉ
Justiça condena ex-servidores da AL por esquema com ex-bicheiro em MT
Esquema apura pagamento de R$ 1,8 milhão para empresas "fantasmas" que beneficiaram factoring de ex-comendador
DIEGO FREDERICI
Da Redação
A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, condenou um grupo de ex-servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), além de empresários, por lavagem de dinheiro e peculato. A sentença foi proferida no âmbito de um dos processos derivados da operação “Arca de Noé”, que apura desvios de recursos públicos para o pagamento de dívidas de campanha de políticos mato-grossenses com o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
A decisão da juíza, proferida em abril de 2021, foi publicada somente nesta quarta-feira (18 de agosto). Geraldo Lauro e Varney Figueiredo de Lima, ambos ex-servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), foram condenados a 15 anos e 6 meses de prisão em regime fechado.
Também foram condenados Nasser Okde - servidor estabilizado - e os irmãos, empresários da área de contabilidade, José Quirino Pereiro e Joel Quirino Pereira, que pegaram 13 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado.
Por fim, o ex-gerente da Confiança Factoring, de propriedade de João Arcanjo Ribeiro, Nilson Roberto Teixeira, foi condenado a 8 anos e 10 meses em regime fechado.
Segundo informações do processo, os danos causados aos cofres públicos foram de R$ 1,8 milhão em cheques emitidos pela ALMT para “pagar” empresas fantasmas. O valor, porém, teria beneficiado João Arcanjo Ribeiro, que “bancava” campanhas políticas em Mato Grosso.
Além das condenações em regime fechado, a juíza determinou a perda do cargo dos servidores, que já sofreram exatamente a mesma condenação em outros processos. “Se não fosse o abuso no exercício das respectivas funções públicas e a violação de dever para com a Administração Pública Geraldo Lauro, Varney Figueiredo de Lima e Nasser Okde não teriam praticado o delito pelo qual foram condenados, na presente sentença, ou seja não teriam efetivado as fraudes, os desvios com as forças do erário e, por fim, a ocultação e dissimulação dos valores provenientes de crime”, diz trecho da condenação.
O esquema da Arca de Noé contou ainda com os ex-deputados estaduais José Riva e Humberto Melo Bosaipo. Para “lavar o dinheiro”, Arcanjo também utilizava uma factoring localizada no Uruguai. Atualmente, o ex-bicheiro cumpre pena em regime semiaberto.
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