Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 07h54
ESPIÕES
PF se espanta por pistoleiro usar disfarce de padre para matar advogado em Cuiabá
Assassino ainda usou bengala e boina quando conheceu Zampieri
GLOBONEWS
O suspeito de integrar um grupo de extermínio e assassinar o advogado Rodrigo Zampieri se vestiu de padre para identificar a vítima, diz uma fonte da Polícia Federal a par da investigação. O suspeito de ser o atirador é Antônio Gomes da Silva, que foi preso em operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (28), em Cuiabá (MT).
Os dois se conheceram semanas antes do crime. Segundo a fonte da PF ao blog, o suspeito foi apresentado ao advogado como – e vestido de – padre. As circunstâncias em que o encontro aconteceu não foram informadas.
Além de Antônio, outros quatro suspeitos de serem mandantes e coautores do assassinato do advogado foram presos na operação desta quarta-feira. Zampieri era um advogado que atuava em processos sobre posse de terra e foi assassinado com 10 tiros em 2023.
Ele foi executado dentro do próprio carro em frente ao escritório em que trabalhava. O advogado foi surpreendido em uma emboscada por um homem de boné, que aguardava Zampieri e efetuou os disparos.
A suspeita é que ele tenha sido vítima do autodenominado Comando de Caça a Comunistas, Criminosos e Corruptos (C4), um grupo de extermínio formado por militares da ativa e da reserva que também oferecia serviços de espionagem de autoridades. Para a PF, o grupo está envolvido em um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Com o grupo, os policiais federais apreenderam armas, munição e documentos, como a relação de armamentos, despesas e preços de serviços oferecidos.
Até a última atualização deste post, a defesa de Antônio não se manifestou sobre a operação e as suspeitas da PF. A Polícia Federal prendeu nesta quarta:
Aníbal Manoel Laurindo (produtor rural);
Coronel Luiz Caçadini (militar reformado);
Antônio Gomes da Silva;
Hedilerson Barbosa;
Gilberto Louzada da Silva.
Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, o produtor rural Aníbal Laurindo teria sido o mandante do crime, praticado em razão de uma disputa judicial por terras avaliadas em mais de R$ 100 milhões. O coronel Luiz Caçadini teria financiado a ação. Antônio Gomes da Silva seria o autor dos disparos e foi auxiliado por Hedilerson Barbosa, dono da pistola 9mm usada no assassinato.
A participação de Gilberto Louzada da Silva ainda não foi esclarecida. Segundo investigações da Polícia Federal, os presos fazem parte de uma organização criminosa – formada por militares da ativa, da reserva e civis – dedicada à espionagem e a homicídios por encomenda.
De acordo com a apuração, o grupo mantinha uma tabela de preços de espionagem conforme o perfil do alvo:
Ministros do STF: R$ 250 mil
Senadores: R$ 150 mil
Deputados: R$ 100 mil
Além disso, segundo o documento apreendido pela PF, o grupo cobrava R$ 50 mil para espionar "figuras normais", ou seja, pessoas que não ocupam cargos e funções públicas. O nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, é mencionado nas anotações do grupo como sendo um alvo de interesse.
Para as atividades de espionagem, o "Comando C4" utilizava diversos recursos, como carros com placas frias, rastreadores veiculares e drones, e projetava a utilização de hackers e pessoas com experiência em atividades de inteligência para realizar as suas ações. Além disso, previa a contratação de prostitutas e garotos de programa para serem utilizados como "iscas" para atrair os alvos.
O grupo listou também materiais e veículos que poderiam ser acionados nas operações:
5 fuzis de "snipper" (sic) com silenciador
15 pistolas com silenciador
munição
lança rojão tipo AT 34 de ombro
minas magnética e explosivos com detonação remota
paj | 29/05/2025 09:09:02
esses estavam bem mais armados que a PM E A CIVIL
Dito | 29/05/2025 08:08:56
Muito mimimi nessa "operação"... um bando de pé de chinelo e vem falar em grupo organizado.
Pedro | 29/05/2025 08:08:39
Tudo isso veio a tona graças a competência da PolÃcia Civil de Mato grosso, através da DHPP em elucidar crimes .
10 CONDENADO | 29/05/2025 08:08:35
Quero ver mostrar as caras dos Juizes e Ministros, porque esse ai que morreu tambem tava no rolo, e os Deuses do Judiciário se estavam na quadrilha tem sangue nas suas mãos tambem.
MARIA TAQUARA | 29/05/2025 08:08:11
a degeneração e degradação do sacerdócio, um dos sÃmbolos morais da sociedade, é instrumento de ação e publicidade de milÃcias e grupos de direita! Cheio de pastores lambedores de botas, padres de festa junina
Marcos Justos | 29/05/2025 08:08:08
Estou incrédulo com essas informações, não, não da p acreditar. Desembargadores de MT se vendendo, ate no STJ. Pior foi aquele JUIZ querer decretar Sigilo nas informações do Celular do ADVOGADO MORTO. Quantos PODRES deve ter naquele Celular. O modus operandi do crime é um mero detalhe, pior é o JUDICIÃRIO ENVOLVIDO nisso tudo.
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