O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), defendeu bons gestores ao contrário de somente “bons políticos” para governar Mato Grosso. Ele avalia que antes de 2019, ano da eleição do aliado Mauro Mendes (União Brasil) em seu primeiro mandato a frente do Executivo estadual, a política era feita a base de “jogo de cintura” e “vender a alma para ter poder”.

“Então, é preciso ter bons gestores, não basta ter bons políticos, né? Bom político, ele vai até o dia da eleição. Belo discurso, encanta todo mundo, conquista as pessoas, mas e depois os 4 anos? Muitas vezes o bom político, ele vai para a história como um incompetente, que não fez nada, que deixou a desejar, nós já vimos esse filme”, disse durante entrevista ao Apro 360, o podcast da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), esta semana.

O vice argumenta que "política é um lugar de servir, não é um lugar de para fazer negócio, não é um lugar de ir para fazer composições, para ter vantagem. Se nós permitirmos isso, nós vamos ver o que está acontecendo no Brasil hoje. É tudo na base do negócio, tudo na base do jogo de cintura, ceder espaços, é vender a alma para ter poder. É o que nós aqui no Mato Grosso, a partir de 2019, uma eleição do Mauro, nós mudamos isso”, complementou. 

Pivetta ainda relembrou que nos municípios agrícolas do interior do Estado a característica de gestor, ao contrário do político tradicional, é predominante entre os prefeitos e destaca um trabalho de “dar sua contribuição a sociedade”, mesmo estando com a “vida feita”, a exemplo de empresários que entram para a vida pública.

Produtor rural, Otaviano foi 3 vezes prefeito de Lucas do Rio Verde (MT), assumindo o cargo pela primeira vez em 1997 e encerrando em 2016, quando saiu com mais de 80% de aprovação da população. Também foi deputado estadual pelo estado. Em março de 2022, filiou-se ao Republicanos para concorrer à reeleição ao cargo na mesma chapa que o atual governador, Mauro Mendes.

O vice-governador agora ensaia sua candidatura ao governo do Estado no ano de 2026 e já expressou em diversas ocasiões o desejo de dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo companheiro político do União Brasil.