Sem vislumbrar a possibilidade de uma candidatura própria ao governo de Mato Grosso, o PMDB acredita que o PT deve liderar o projeto do grupo político da situação, e assim aguarda a definição para discutir internamente a possibilidade de reivindicar a vaga de vice-governador ou até mesmo a que será aberta ao Senado. Conforme o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Romoaldo Junior, o PMDB acompanha a movimentação interna do PT para definir qual será seu papel nas eleições majoritárias.

“O PT dispõe de bons nomes como o Lúdio Cabral e a possibilidade de filiação do juiz Julier Sebastião. A partir daí, nos articularíamos para reivindicar a vaga de vice-governador ou senador. O PMDB tem a disposição nomes como Francisco Faiad e o próprio Carlos Bezerra que podem perfeitamente integrar este projeto”, disse.

A última vez que o PT lançou candidato ao governo do Estado foi em 2006 com Serys Slhessarenko. Após sair esfacelado das urnas em 2010, os petistas oficializaram em resolução a pré-candidatura do ex-vereador por dois mandatos e candidato derrotado a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral.

No entanto, o juiz federal Julier Sebastião da Silva, que tem a prerrogativa de escolher uma legenda até o dia 5 de abril se decidir em ingressar na vida política partidária, tem se articulado nos bastidores para concorrer ao governo de Mato Grosso, mantendo diálogo permanente com grupos políticos.

Em que pese os partidos da base aliada do Palácio Paiaguás terem fechado consenso de que pesquisas quantitativas e qualitativas servirão de critério para a escolha do candidato ao governo do Estado e Senado, o que permitiu movimentações como o PR e PSD lançar, respectivamente, as pré-candidaturas de Maurício Tonhá, o Maurição, e Chico Daltro, o parlamentar acredita que o PT deverá liderar o processo majoritário nos conjunto dos partidos que compõem a base aliada do Palácio Paiaguás.

“O PT está construindo um projeto interessante. Uma candidatura do Lúdio Cabral ou do juiz Julier tem a simpatia da base governista e tem tudo para unir o grupo político”, disse.

Com a sinalização do governador Silval Barbosa em permanecer a frente do Palácio Paiaguás, o PMDB perde uma de suas opções para concorrer ao Senado. A esperança do partido é manter ampla representatividade na Assembleia Legislativa com a expectativa de eleger 4 a 5 parlamentares.