Política

Domingo, 25 de Maio de 2025, 12h34

VIDA DUPLA

Prefeito corre risco de ser afastado por acúmulo de cargos em MT

Gestor atuaria em hospital contratado pelo município

BRENDA CLOSS

Da Redação

 

A juíza Tatiana dos Santos Batista, da Vara Única de Vila Bela da Santíssima Trindade, aceitou parcialmente um pedido em ação popular movida pelo ex-prefeito Wagner Vicente da Silveira contra o atual gestor municipal, Jacob Bringsken (MDB), e o Hospital Evangélico de Mato Grosso (HEMT), entidade presidida pelo irmão dele, Ruben Bringsken. A ação alega acúmulo ilegal de cargo e possíveis irregularidades em contratos entre o município e o hospital. 

O ex-prefeito sustentou que Bringsken, além de exercer o cargo eletivo, atua como médico no hospital, que é contratado pelo município sem licitação, sob alegação de inexigibilidade. Requereu, além da procedência da ação, medida liminar para afastamento do prefeito, o que foi negado anteriormente. 

A ação aponta ainda potencial conflito de interesses e violação à Constituição Federal, que veda o acúmulo de cargos públicos em certas condições. O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) manifestou-se favorável ao pedido, reforçando a suspeita de irregularidades. 

Na decisão, a magistrada determinou que o HEMT e a prefeitura encaminhem documentos comprobatórios sobre os vínculos do prefeito com a entidade e os contratos firmados nos últimos cinco anos. O hospital e a prefeitura têm 15 dias para enviar os documentos. 

Entre os documentos solicitados estão a comprovação dos dias, horários e valores pagos ao prefeito pelo trabalho como médico no HEMT; cópias dos contratos e aditivos entre o município e o hospital nos últimos cinco anos e o estatuto social e quadro diretivo da entidade. “Após a juntada das informações requisitadas, intimem-se as partes para especificação de provas, ou eventual requerimento de julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 357 do CPC”, determinou a magistrada. 

 

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