O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), acredita que o governador Mauro Mendes (União) poderá ter desgaste eleitoral por conta dos atrasos nas obras do BRT e o ‘erro’ na execução das obras que buscam resolver os deslizamentos na região do Portão do Inferno (Chapada dos Guimarães). Segundo ele, qualquer obra que não avança, traz desgastes para o gestor, já que acaba atrapalhando a população.

“Com certeza a obra de Chapada desgasta sim o governador, o BRT desgasta. São obras que precisam avançar e ele precisa concluir nesse espaço de tempo que ele tem enquanto governador”, avaliou Russi em conversa com a imprensa. Apesar da análise, Russi acredita que Mendes conseguirá executar as duas obras.

Já em relação aos hospitais regionais em construção, o chefe do parlamento estadual isenta o governador, alegando que depende das empresas contratadas concluírem. “Infelizmente tem empresas e empresas. Tem algumas empresas que pegam e terminam muito mais rápido, como a de Tangará da Serra, que começou por último e já está terminando. Outra começaram primeiro e não avançou muito. Então, isso aí não dá para a gente responsabilizar o governo”, justifica.

“Eu acho que isso aí o Estado tem que multar, tem que cobrar, tem que executar o contrato, porque realmente isso aí está prejudicando a população, mas eu vejo problema maior nas empresas”, completou.

O BRT foi anunciado em dezembro de 2020 com a previsão de ser construído em até 24 meses. Contudo, as obras iniciaram apenas em 2024 e atualmente apenas 18% está concluída. O governo rescindiu amigavelmente o contrato e contratou outro consórcio para executar a obra.

Já nas obras do Portão do Inferno o governador reconheceu a ausência de estudos técnicos conclusivos para realização dos serviços. Agora, o governo retoma o projeto inicial de um recorte do paredão no Portão do Inferno, sob alegação em estudos mais aprofundados, viabilizados somente após o início das obras no local.

Mauro Mendes é candidato ao Senado em 2026, e pretende deixar a gestão no final de março. Com boa avaliação de sua administração, sua base aliada acredita que mesmo com esses desgaste, ele conseguirá se eleger senador