Segunda-Feira, 01 de Outubro de 2018, 09h55
Selma tentou realizar novo contrato para omitir gastos em MT
PABLO RODRIGO
Gazeta Digital
A denúncia apresentada na Polícia Federal e no Ministério Público Eleitoral (MPE) contra a candidata ao Senado, juíza Selma Arruda (PSL), por possível prática de caixa 2 e abuso de poder econômico, aponta que ela buscou realizar um novo contrato com a agência Gênius, do publicitário “Júnior Brasa”, para omitir os gastos já realizados pela própria candidata e do seu 1ª suplente, Gilberto Possamai (PSL), no valor de R$ 700 mil, dos R$ 1,8 milhão.
De acordo com os documentos que constam no processo judicial de cobrança, cujo autor é o publicitário, que cobra R$ 1,1 milhão referentes ao recente rompimento do contrato, Selma Arruda queria um novo contrato com vigência de 15 de agosto de 2018 a 04 de outubro de 2018 no valor de R$ 982 mil. Ou seja, na mesma data em que se iniciou oficialmente a campanha eleitoral. “A argumentação da formalização foi de que o contrato deveria ser formalizado no CNPJ da campanha em virtude de já ter sido iniciado o período de campanha eleitoral e o CNPJ já estava liberado pela Receita Federal”, diz trecho do documento. No primeiro contrato não houve a devida formalização da assinatura por parte da candidata e/ou do partido PSL da contratação do serviço que já vinha sendo executado desde 09 de abril de 2018, quando foi fechado o acordo.
Quatro cheques em nome de Selma Arruda foram usados para pagar o primeiro contrato. Desses, três são no valor de R$ 150 mil e um no valor de R$ 100 mil, totalizando R$ 550 mil. Gilberto Possamai (PSL) também emitiu um cheque de R$ 150 mil. Dessa forma, pelo menos, R$ 700 mil pagaram “por fora” serviços prestados à campanha.
De acordo com as regras eleitorais vigentes, durante a pré-campanha os gastos só podem ser contratados e pagos pelo partido político, não pelo candidato, já que neste período ainda não há conta bancária específica e CNPJ da campanha. Selma Arruda classifica a denúncia como “armação eleitoral” dos seus adversários Nilson Leitão (PSDB) e Sebastião Carlos (REDE), e acusa o publicitário “Júnior Brasa” de chantagem.
Já Brasa nega estar chantageando a candidata e questiona o fato de ela não ter o denunciado. “Agora, quando ela deveria responder sobre os cheques e porque não permitiu que eu emitisse as notas, cria uma acusação”, disse.
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