Quatro habeas corpus ingressados pelas defesas dos empresários e irmãos, João Gustavo Ricci Volpato, Augusto Frederico Ricci Volpato, e dos advogado Régis Poderoso de Souza, e Themis Lessa da Silva, devem ser decididos a qualquer momento pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O trio está preso preventivamente desde o dia 30 de julho, alvos da Operação Sepulcro Caiado, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso para investigar um esquema de fraudes de R$ 21 milhões contra a conta única do Tribunal de Mato Grosso (TJMT). 

Além do pedido de liberdade, as defesas questionam a origem da operação da Polícia Civil, uma vez que após ser deflagrada, foi avocada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pela suspeita de participação de magistrados. Pedem que a investigação seja anulada sob a teoria “dos frutos da árvore envenenada”, - princípio jurídico que estabelece que provas de forma ilícita e quaisquer outras derivadas dessa prova original, também são consideradas ilícitas e inadmissíveis num processo judicial.

Conforme as investigações João Volpato é acusado de ser o líder do esquema e ter como ‘braço operacional’ seu irmão, Augusto. O servidor do Tribunal de Jusitiça, Mauro Ferreira é considerado peça-chave. Ele teve a prisão preventiva mantida nesta sexta-feira (8) pelo ministro do STJ, Ricardo Villas Bôas Cueva. Mauro foi preso nesta quinta-feira (7) após ter ficado foragido por oito dias. 

Além deles, o grupo conta com Themis Lessa da Silva (advogado), João Miguel da Costa Neto (advogado), Rodrigo Moreira Marinho (advogado), Wagner Vasconcelos de Moraes (advogado e ex-procurador municipal) e Régis Poderoso de Souza (advogado e ex-servidor da ALMT). Todos eles seguem presos. 

Já Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes, advogada e esposa de Wagner, está em prisão domiciliar em casa porque está grávida. Luiza Rios Volpato historiadora aposentada e mãe de João e Augusto tem 75 anos ela teve e por isso teve a prisão revogada ainda durante audiência de custódia. João escreveu uma carta inocentando a mãe e o irmão, contudo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou divergência nas assinaturas. 

Na quinta-feira, o mesmo ministro revogou a prisão preventiva da advogada e empresária Denise Alonso, lhe concedendo domiciliar devido à uma cirurgia estética recentemente em São Paulo. Ela é dona da loja de sapatos Anacapri no Shopping Estação Cuiabá e esposa de Régis Poderoso.