Cidades Sábado, 16 de Janeiro de 2021, 11h:05 | Atualizado:

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CHACORORÉ

Após visita a Baia de Chacororé, Estado propõe medidas para mitigar seca

 

Da Redação

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baia chacorore

 

Uma comitiva do Governo de Mato Grosso identificou os pontos que necessitam de intervenção para assegurar o fluxo das águas da Baía de Chacororé, localizada em Barão de Melgaço (113km de Cuiabá). A vistoria foi realizada nesta sexta-feira (15) por representantes das secretarias de Meio Ambiente, Infraestutura e Logística, e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

A equipe percorreu cada um dos pontos de entrada de água na região de Chacororé e identificou ao menos sete aterros em locais indevidos que interrompem a passagem da água pelos corixos – canais de água que ligam rios à baía. Além da verificação por terra, técnicos da Sinfra utilizaram drones para acompanhar o curso dos rios e captar imagens e interrupções do fluxo da água.

Após a visita, o Estado irá solicitar apoio do Ministério Público para possibilitar ações em áreas particulares, e a responsabilização por irregularidades encontradas.

“O que estiver ao alcance do Estado nós vamos fazer o mais breve possível em uma força tarefa entre diversos órgãos. Vamos solicitar audiência com o MP para elaborarmos uma agenda conjunta de ações, visto que alguns pontos de intervenção estão dentro de propriedades privadas, e precisaríamos de autorização para realizar as ações necessárias”, explica o secretário Executivo da Sema, Alex Marega. 

A seca severa do último ano também é um fator importante para que o nível da água esteja abaixo do esperado, apesar disso, o nível das chuvas já começa a encher a baía. Nesta época, a área alagada deveria ter em média 11 mil hectares, no entanto, é possível ver vegetação onde a paisagem deveria ser um espelho d’água. 

“Quando a gente chega na Baía, percebemos que não é só por causa das irregularidades que o local está nesta situação. A área está com água abaixo da média que costuma ter nas outras épocas do ano. Vemos que a seca deste ano é uma das principais causas”, afirma o secretário executivo. 

O engenheiro e professor aposentado Rubem Mauro conta que conhece o Pantanal há décadas, e viu a biodiversidade do local se alterar, e a situação do esvaziamento da Baía de Chacororé se agravar no último ano. Ele percorreu a localidade representando a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia. 

“Estou otimista porque estou vendo uma mobilização de todo o governo, não só da Sinfra, como da Sema. Estava faltando essa visão do que é o Pantanal, e das coisas que precisavam ser feitas”, comentou o professor.

O superintendente de obras da Sinfra, Zenildo de Castro, aponta que a secretaria já está trabalhando desde novembro do ano passado na reconstrução de uma barragem, com pedras e areia, o que deve diminuir a vazão da água e contribuir com a preservação da Baía. 

“O Governo do Estado vai recuperar parte da Baía que sofreu erosão e foi feito um trabalho lá atrás, em 2010, para levantar a barragem com pedra. Começamos no ano passado um trabalho de limpeza da estrada que dá acesso a esse local e queremos dar novamente esse suporte. Vamos fazer também um relatório detalhado com tudo o que vimos in loco para determinar quais outras ações nós vamos executar”, acrescenta o engenheiro.





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Comentários (2)

  • Jorge da Mata

    Domingo, 17 de Janeiro de 2021, 07h14
  • A seca no Pantanal é só a ponta do iceberg. Desmatamentos nas cabeceiras dos rios da bacia do Paraguai, destruição das matas ciliares, mananciais desprotegidos, agravado pelas queimadas é redução das chuvas. Aqui em Jaciara a prefeita Andréia com apoio dos deputados MAX e Faissal, iniciou um projeto de recuperação de Matas Ciliares, pouco diante do que é necessário, um gota no oceano, mas se cada um fizer a sua parte e ajudar com certeza o fluxo de água que convergem para o Pantanal vai a aumentar, caso contrário daqui algum tempo o Pantanal tornar se a um grande deserto de areia é sal. Sema, AL, Aprosoja, Governador, Ação Verde, Amm, MP nós ajudem, nossos rios pedem socorro, vamos nos unir. #salvemosrios
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  • Ambiental

    Sábado, 16 de Janeiro de 2021, 12h56
  • Ridículo esses negacionistas, se está seco é porque está sem chuva, manda parar a destruição na cabeceiras do rio Cuiabá, aí volta, um pouco, da água que resta. Faz chover assembleia !!!
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