Cidades Quinta-Feira, 27 de Março de 2014, 07h:59 | Atualizado:

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FAZENDA

Arcanjo terá que pagar R$ 240 mil para família de jovem morto

 

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TJ-MT

Arcanjo

João Arcanjo Ribeiro já cumpre pena por outros crimes

O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro terá de pagar R$ 240 mil de indenização aos pais de José Ferreira de Almeida, assassinado por afogamento dentro de um lago de criação de peixes da fazenda São João, de propriedade do ex-chefe jogo do bicho em Mato Grosso, localizada em Várzea Grande. Conforme o acórdão da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, publicado ontem, serão R$ 120 mil para o pai, Ilísio Ferreira de Almeida, e o mesmo valor à mãe, Márcia de Barros Almeida, a título de reparação por danos morais. 

José Almeida estava pescando na companhia de outros três amigos, Pedro Francisco Silva, Itamar Barcelos e Arili Manoel de Oliveira, quando foram capturados e mortos. Os seguranças atiraram contra eles e depois os jogaram no lago, supostamente ainda com vida. Os corpos das vítimas foram atirados à margem da BR-163, próximo região conhecida como Capão das Antas. 

A chacina aconteceu em março de 2004, quando João Arcanjo já estava preso, sob acusação de chefiar uma organização criminosa que operava no ramo do jogo do bicho, caça-níqueis, lavagem de dinheiro, assassinatos e outros crimes. Arcanjo, que cumpre pena na Penitenciária Federal de Porto Velho(Rondônia), tentou livrar-se da indenização. Recorreu da sentença de primeira instância, proferida pela juíza Ester Belém Nunes Dias. 

Em 2011, a juíza o condenou ao pagamento de valores similares. O entendimento da magistrada, confirmado pela 1ª Câmara Cível, foi de que havia provas que o ex-bicheiro tinha conhecimento das atividades desenvolvidas em sua fazenda, portanto, teria ‘culpa presumida’. 

A defesa do ex-bicheiro também ingressou com um embargo de declaração contra o voto do relator da 1ª Câmara Cível, desembargador Adilson Polegato. Esse recurso levaria à rediscutição do acórdão em que os desembargadores confirmavam a indenização, antes que fosse publicado. 

João Arcanjo Ribeiro arguiu que não poderia ser responsabilizado porque os autores do crime não eram seus empregados, com os quais não tinha qualquer vínculo de trabalho. Entretanto, os desembargadores mais uma vez, por unanimidade, confirmaram a condenação. 

A reportagem tentou falar com o advogado de João Arcanjo, Zaid Arbid, mas não o localizou e os recados deixados no celular e no escritório dele não obtiveram retorno. 





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