Cidades Quinta-Feira, 19 de Junho de 2025, 18h:08 | Atualizado:

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MANÍACA DA UFMT

Áudios de agressões de trans contra gatos corroboram prisão

Material foi enviado por Ong para a Justiça

MARIANA DA SILVA
Gazeta Digital

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Larissa Karolina

 

A ONG Tampatinhas entregou à Justiça uma gravação sonora com barulhos de agressões, batidas e gemidos de gatos que foram gravados por um vizinho de Larissa Karolina Silva Moreira, presa desde o dia 13 deste mês acusada de adotar gatos para tortura-los e matá-los. A sonora contém sons fortes e podem corroborar como prova para que a jovem permaneça detida, já que a defesa tem buscado sua liberdade.

Consta nos autos do processo que a organização requereu ao desembargador Orlando Perri, da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de estado de Mato Grosso, uma habilitação como amicus curiae e apresentou argumentos pela denegação da ordem de habeas corpus impetrado pela defensoria pública em favor de Larissa.

A ONG argumenta que a investigação apura “uma das mais chocantes sequências de crimes de maus-tratos a animais já registradas neste Estado” e que a matéria transcende o interesse meramente individual da paciente, causando profunda comoção social e mobilizando a comunidade de protetores de animais, que se sente ludibriada pelo “modus operandi ardiloso e cruel” da investigada.

“Nesse contexto, a intervenção da ONG TAMPATINHAS CUIABÁ como Amicus Curiae (Amiga da Corte), com fulcro no art. 138 do Código de Processo Civil, aplicado subsidiariamente ao processo penal, revela-se não apenas pertinente, mas fundamental para a qualificação do debate jurídico”, pede.

Segundo a organização, a legitimidade da peticionária decorre da repercussão social do caso e da expertise específica da ONG, que identificou o padrão delituoso e denunciou o crime à Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA).

Além disso é pedido também a manutenção da prisão preventiva e denegação do habeas corpus, endossando a periculosidade concreta da investigada, além de provas que demonstram que a jovem não cometeu um ato isolado.

“Ela, auxiliada por seu companheiro, arquitetou um esquema contínuo para adotar múltiplos animais de diferentes protetores, os quais, invariavelmente, tinham um destino trágico. A soltura da paciente representa um risco real e iminente de que este ciclo macabro recomece. A periculosidade da paciente é revelada não apenas pela frieza de sua conduta, mas pelo nível de violência empregado”, argumenta.

Além de citar o depoimento do ex-namorado, que ouviu a confissão da jovem de que matou animais com um cabo de vassoura de ferro, simplesmente por ter sido arranhada, há também depoimento do vizinho que gravou áudio de barulho de pauladas e gemidos de gato sendo brutalmente espancado até a morte.

“A crueldade, portanto, não é mera suposição, mas um fato documentado acusticamente. Tal comportamento, que inclui, segundo outras alegações, indícios de tortura, demonstra um profundo desajuste e um total desprezo pela vida, colocando a paciente em um patamar de periculosidade que não pode ser ignorado e que clama pela manutenção da ordem pública”, reforça.

A instituição ainda teme que, se posta em liberdade, Larissa possa mudar de cidade e até mesmo fugir, algo que foi identificado já durante a ação policial, em que caixas foram encontradas em sua casa indicando uma possível mudança de endereço.

Agora cabe ao desembargador julgar o mérito do habeas corpus em que a ONG pede que a acusada continue presa.





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