O advogado Eduardo Mahon, que atua na defesa do contador João Fernandes Zuffo – um dos acusados na Operação Flor do Vale – afirma que irá tomar providências em relação aos relatos da escritura declaratória concedida no Cartório do Segundo Ofício, de Arenápolis, no início de janeiro deste ano, pela vítima E.N.S.
Mahon disse que tomou conhecimento que os depoimentos apresentados pela polícia civil no inquérito não estão assinados, fato que considera “gravíssimo”.
Uma escritura declaratória feita pela suposta vítima E.N., revela que um depoimento registrado no dia 18 de agosto não consta sua assinatura. Ele também afirma que não prestou nenhuma informação de forma oficial para os investigadores.
A advogada Haylla dos Santos, que atua na defesa de Ronair Pereira da Silva – outro acusado da Operação Flor do Vale – disse à imprensa que tomou conhecimento da escritura declaratória e que reforça os indícios de “fraude processual”, razão pela qual ela quer a anulação do inquérito.
“Após a declaração da Dra Hayla, agora já começo a pensar em uma representação de caráter administrativo disciplinar. Nós acreditávamos que esses processos padeciam de nulidades incontornáveis, tanto que levou a uma rejeição parcial da denúncia da Operação Flor do Vale, mas nós nunca suspeitávamos que as nulidades chegariam a esse ponto. O fato precisa ser apurado pelas autoridades e certamente será tanto administrativamente quanto pelo próprio Ministério Público”, afirma Eduardo Mahon.
OPERAÇÃO – A Operação Flor do Vale investiga uma série de assaltos em regiões de ranchos no município de Juscimeira. Em um desses episódios, em julho de 2021, foi morto o advogado João Anaídes Cabral Netto, de 49 anos.
O contador João Fernandes Zuffo é apontado como líder da quadrilha. Ele ficou vários dias foragido, mas foi preso em Cuiabá.
Antônio
Sábado, 05 de Fevereiro de 2022, 18h59Cada coisa que se lê
Sábado, 05 de Fevereiro de 2022, 16h23