O tenente-coronel da Polícia Militar, Otoniel Gonçalves Pinto, afirmou durante a audiência de instrução e julgamento realizada na quarta-feira (29), que defendeu sua família o assalto coordenado pelo criminoso Luanderson Patrick Vitor de Lunas, em 2023. À juíza Helícia Vitti Lourenço, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, o agente disse que se o policial que não pode cumprir com sua obrigação não tem motivo de estar armado.
O roubo à residência do militar ocorreu em novembro de 2023. Em julho de 2024 Otoniel foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio. Na acusação, o promotor de Justiça Vinicius Gahyva Martions, disse que Luanderson e um homem não identificado participaram do roubo à casa do militar localizada no bairro Santa Marta, em Cuiabá. O órgão ministerial, além da condenação, solicitou ainda o pagamento de uma indenização por dano moral para a família do criminoso que participou do roubo.
À juíza, Otoniel narrou que Luanderson estava armado e agia de forma violenta, inclusive lhe ameaçando ao descobrir que era policial. “Eu tenho certeza que eu estava certo. Naquele momento, se eu não puder nem defender minha família, sabendo que eu tenho obrigação de prender o cara. Se eu não cumprisse essa obrigação com a minha família, aí tem que tomar a arma de todo policial, porque não tem porquê de estar armado, de estar trabalhando na rua”, afirmou.
Ainda na audiência, foram colhidos os depoimentos das testemunhas de acusação como Lucindo Agostinho da Costa, os investigadores da Polícia Civil Michael Soares de Sales, Carlos Alberto Batista de Medeiros e Jairo Romário Leonel de Luna, bem como, as testemunhas de defesa como o delegado da DHPP Edison Pick e Leila Cristina Lopes de Araújo, esposa de Otoniel.
Após ouvi-las, a magistrada pediu à autoridade policial as mídias com as gravações colhidas durante as investigações no prazo de cinco dias. Cumprido o pedido, a instrução se encerrará. Em seguida a defesa e Ministério Público deverão apresentar os memoriais finais antes de a juíza proferir a sentença sobre eventual de pronúncia do policial ao Tribunal do Júri.
À época dos fatos, o caso gerou polêmica entre os membros do MP e forças de segurança. Isso porque, na denúncia, o promotor Vinicius Gahyva Martins destacou que o militar atirou no assaltante quando ele “já estava deixando a residência”. Por outro lado, o então comandante-geral da PM, coronel Alexandre Mendes, classificou a ação como “bandidolatria” e afirmou que o companheiro de farda agiu em legítima defesa.
Absurdo.
Quinta-Feira, 30 de Janeiro de 2025, 22h46Ferreira
Quinta-Feira, 30 de Janeiro de 2025, 21h23Robson Genaro
Quinta-Feira, 30 de Janeiro de 2025, 21h21MARCELINO
Quinta-Feira, 30 de Janeiro de 2025, 17h46Mendes
Quinta-Feira, 30 de Janeiro de 2025, 16h45FAZ O L !!!!!!
Quinta-Feira, 30 de Janeiro de 2025, 16h26