O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) declarou nesta sexta-feira que não descarta adotar o “lockdown”, que são regras rígidas de isolamento social e proíbem o deslocamento de pessoas. Segundo o chefe do Executivo Municipal, a medida pode ser implantada se os casos de Covid-19 saírem do controle. “O lockdown ou toque de alerta com medidas restritivas só se houver um descontrole total e os casos começarem a sair fora da margem de 7% ou 8% ao dia, ou bem mais acima disso. Cuiabá já vive uma nova fase. É hora de conviver com o vírus. Eu não posso trancar a população em casa até o final do ano. A população precisa trabalhar e ganhar o seu sustento”, explicou.
Apesar de admitir uma possível regressão, Emanuel esclareceu que o atual o cenário pandêmico na capital permitiu iniciar a retomada comercial “lenta, gradual e segura”. Nas últimas semanas, o gestor liberou o funcionamento do comércio e serviços e nesta semana foram reabertos os shoppings.
Na próxima semana, voltam a funcionar bares e restaurantes. Na capital, já são 1.275 casos confirmados e 31 mortes da doença. “Feito o período de isolamento, feito o dever de casa, quase 90 dias a cidade travada, é hora do período da convivência com o vírus. Não adianta só cobrar do prefeito. É hora de cada um fazer sua parte. Cuiabá apresenta os melhores números do Estado. Está entre as melhores taxas de incidência de Covid-19 e entre as três capitais com o menor número de óbitos do país. Com base no boletim do Ministério da Saúde, conseguimos promover a retomada gradual e segura das atividades econômicas”, complementou.
Apesar disso, o prefeito cuiabano não escondeu a preocupação com as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) que podem entrar em colapso nos próximos dias. Segundo ele, com o aumento dos números de casos no Estado, o sistema de saúde pode ser superlotado, já que pacientes de outros municípios devem ser transferidos a capital.
Atualmente, na rede hospitalar há uma ocupação de 124 pacientes confirmados com Covid-19 internados, sendo 78 na UTI e 46 em enfermaria. “Os leitos de UTI são prioridades. Então, se você ver Cáceres, Sorriso, Sinop colapsou e vai vir todo mundo para cá. O vírus está interiorizando. Cuiabá tem 650 mil habitantes e com Várzea Grande aqui do lado é 1 milhão. Até um certo ponto, estamos no controle, mas a guerra não está vencida e todo cuidado continua sendo pouco”, finalizou.
VÁRZEA GRANDE
No ínicio dessa semana, o secretário de Saúde de Várzea Grande, Diógenes Marcondes, também admitiu que o município já estuda adotar “lockdown” com medidas mais rígidas de isolamento social na cidade metropolitana. O assunto começou a ser discutido pelo Executivo diante do relaxamento da população que tem dificuldades em respeitar o isolamento social.
A estratégia já foi adotada por 18 cidades do Brasil nos estados do Maranhão, Pará, Ceará, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Na segunda-feira (11), duas cidades na região metropolitana no Rio de Janeiro.
PANTOMIMA
Sexta-Feira, 05 de Junho de 2020, 16h55Benedito
Sexta-Feira, 05 de Junho de 2020, 12h48Onil
Sexta-Feira, 05 de Junho de 2020, 10h59Analista Pol?tico
Sexta-Feira, 05 de Junho de 2020, 10h48