Uma equipe de profissionais da Defensoria Pública esteve na tarde desta quinta-feira (03), a pedido do deputado estadual Mauro Savi (PR), vistoriando duas obras inacabadas no Residencial Ilza Terezinha, em Cuiabá. A paralização das obras de uma creche e de um posto do Programa da Saúde da Família (PSF) vem prejudicando diretamente mais de três mil famílias. 

A creche municipal, com capacidade prevista pra 250 crianças, como já denunciavam os próprios moradores, está com cerca de 70% de sua obra já concluída e com seu andamento interrompido há dois anos. “Essa é uma primeira visita e vamos fazer outra ainda, e após um parecer técnico, vamos entrar em contato com o órgão responsável para que se agilize essas questões”, disse a defensora pública, Sílvia Maria Ferreira. 

Tanto a creche, como a construção de um posto do PSF, são obras de responsabilidade da prefeitura de Cuiabá e estão sendo aguardadas com muita expectativa pela população de pelo menos cinco residenciais e bairros adjacentes ao Ilza Terezinha. 

No PSF, porém, a equipe da Defensoria Pública, encontrou um pequeno número de trabalhadores em atividade, ou seja, com aproximadamente 40% já construída, as famílias temem que a conclusão da mesma não ocorra ainda este ano. 

Entretanto, o compromisso firmado e que consta inclusive na placa da obra, é que o PSF seja concluído até junho próximo. “Aqui, para cumprir o prazo de entrega, vai depender do número de funcionários que colocarem para trabalhar, a gente observa que a obra está andando, a construtora está começando o reboco e também as vigas de respaldo para receber a laje e a cobertura, mas ainda falta muita coisa”, declarou o engenheiro contratado pela Defensoria, Waltamir Augusto Borralho, acrescentando que, no caso da creche, a situação é visivelmente mais preocupante, pois “já apresenta sinais de degradação da obra, em função do abandono, inclusive com partes que não estão cobertas”. 

Defensoria Pública realiza vistoria em obras paradas do PSF e creche municipal no Residencial Ilza Terezinha

Conforme a presidente do residencial Jonas Pinheiro, Maria Luzia, a dona Gigi, há dezenas de mães que não têm condições de trabalhar, por não ter onde deixar os filhos e, na área de Saúde, essas famílias têm sempre buscado atendimento em unidades de outros bairros, que nem sempre têm vagas. 

“Eu acredito muito no trabalho do deputado Mauro Savi e o que ele fez aqui, pedindo que a Defensoria viesse verificar de perto o que está acontecendo, nós temos certeza que agora essas obras serão concluídas, se Deus quiser”, disse a líder comunitária, que juntamente com outras lideranças, levaram o problema até o gabinete de Mauro Savi, nessa semana, quando foi providenciada pelo deputado, junto à Defensoria, a vistoria in loco da creche e do PSF. 

Defensoria Pública realiza vistoria em obras paradas do PSF e creche municipal no Residencial Ilza Terezinha Para a dona de casa, Silvana Quadros dos Santos, de 29 anos e mãe de três crianças, todas com idade até cinco anos, o matagal que já toma conta da estrutura das obras é um sinal claro “desse absurdo que estão fazendo, enquanto muita gente aqui do bairro precisa muito de uma creche ou de um postinho da família. Porque aqui, quando alguém fica doente, a gente tem que ficar correndo de um lado para outro para consultar”. 

Da vistoria técnica liderada pela Defensoria Pública, um relatório técnico será elaborado e, em forma de cobrança, será encaminhado à prefeitura da Capital, exigindo a retomada e conclusão das obras.