Cidades Terça-Feira, 04 de Agosto de 2015, 14h:40 | Atualizado:

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EXECUÇÃO DE SÁVIO

Desembargador vota para anular júri de ex-comendador em MT

Pedido de vistas adia conclusão de julgamento; placar está em 1 a 1

RAFAEL COSTA
Da Redação

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O desembargador Rondon Bassil Dower Filho votou nesta terça feira  (4) pela anulação do júri popular que condenou a 19 anos de prisão o ex-chefe do crime organizado de Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro,  pela acusação de ser o mandante do assassinato do empresário e jornalista Sávio Brandão, ex-proprietário do jornal Folha do Estado. A defesa liderada pelo advogado Zaid Arbid, defende a tese de que Arcanjo não poderia ser processado por este crime sustentando o argumento de que o processo não está no rol da extradição. 

Com isso, Arcanjo teria que ser solto por este fato e poderia ser até beneficiado com a prescrição, o que levaria a não ter mais punição alguma pelo assassinato que chocou a sociedade mato-grossense. O julgamento foi interrompido por um pedido de vistas do desembargador Orlando Perri.

O desembargador Rui Ramos rejeitou o pedido para anular o júri popular. Assim permanece em 1 a 1 a votação que deverá ser concluída nas próximas semanas pela Primeira Câmara Criminal. Quando foi submetido ao júri popular, Arcanjo revelou que mantinha envolvimento com cassinos e jogo do bicho, mas negou veementemente ser o mandante da morte de Sávio Brandão. “Não tenho minhas mãos sujas de sangue”, disse naquela ocasião. 

O empresário Sávio Brandão foi morto aproximadamente às 15h15 do dia 30 de setembro de 2002. Dois homens em uma moto se aproximaram do empresário que estava acompanhado de um amigo em frente à obra do que viria a ser a futura sede do jornal Folha do Estado, no Bairro Consil, em Cuiabá. 

Um deles, na garupa, sacou uma pistola e disparou os tiros à queima roupa. A polícia aponta que a execução do empresário ocorreu devido às reportagens veiculadas no jornal de Sávio sobre negócios fraudulentos, irregularidades e jogatina ilegal que envolvia o então bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

Na edição de 14 de maio de 2001, a Folha chamou o réu de “Al Capone de Mato Grosso”, por exemplo, conforme consta da denúncia do MPE. 

O inquérito que apurou o caso concluiu que a morte de Sávio foi executada em etapas e envolveu pelo menos cinco pessoas: João Arcanjo Ribeiro, Hércules Araújo Agostinho, Célio Alves, João Leite e Fernando Barbosa. Ainda segundo a investigação, João Leite teria contratado o ex-policial militar Célio Alves que, por sua vez, chamou o ex-cabo Hércules e Fernando Belo para cometer o crime. 

Os autos do processo apontam que os dois últimos estavam na moto que se aproximou de Sávio no momento do assassinato e que Hércules foi o autor dos disparos. O ex-cabo em depoimento confessou a autoria do crime.

 





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