Domingo, 13 de Junho de 2021, 21h:00 | Atualizado:
GOLPE SOBRE GOLPE
Natália Regina Assis da Silva era companheira de investigador, apontado como líder de uma organização criminosa, e usava uniforme da Polícia
A ex-estagiária da Polícia Judiciária Civil (PJC), Natália Regina Assis da Silva, era companheira do investigador de Polícia Edilson Antônio da Silva – apontado como líder de uma organização criminosa que atuava dentro da própria PJC, e contava com ex-policiais (civis e militares).
As informações constam da denúncia do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) contra 25 pessoas que fariam parte da organização criminosa, revelada na operação “Renegados”, deflagrada no início do mês de maio de 2021. Os autos apontam que as ações da quadrilha consistiam em “apreender entorpecentes, extorquir traficantes para não serem presos”, além de indícios de cooptação de menores para aplicação de golpes por meio de exploração sexual.
Entre os réus da ação, uma vez que a denúncia já foi aceita pela juíza da 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT), Ana Cristina Silva Mendes, esta a ex-estagiária da PJC, Natália Regina Assis da Silva, que atuava na 3ª Delegacia de Polícia do Coxipó, em Cuiabá. Ela acabou tendo um envolvimento amoroso com Edilson Antônio da Silva, investigador de Polícia e líder do bando. Segundo o MPMT um de seus papéis na quadrilha era a realização de abordagens de mulheres que eram “alvos” da organização criminosa.
“Apesar de negar a sua participação na organização criminosa, sob a alegação de que apenas “estava no lugar errado na hora errada”, a acusada Natália Regina Assis Da Silva (ex-estagiária da 3ª DP e companheira do acusado Edilson Antônio Da Silva – líder da organização) revelou, por oportunidade de seu interrogatório perante este Grupo Especial, que o seu companheiro Edilson mantinha constante relação com ‘Borjão’ (mesmo após a sua demissão dos quadros da PJC/MT)”, diz trecho da denúncia.
“Borjão”, citado pelo MPMT na denúncia, é um ex-investigador da PJC que foi demitido da Corporação justamente por extorquir suspeitos de crimes, no ano de 2015. O órgão ministerial narra que ele chegou a se encontrar com Natália e com Edilson no ano de 2020. A ex-estagiária, que inclusive utilizava uniforme e arma da Polícia, conta que seu companheiro, ao lado de “Borjão”, realizava “missões” contra alvos potenciais de extorsão da quadrilha.
“Fazendo uso das viaturas da 3ª DP, participavam todos juntos de ‘missões’ armadas em que ocorriam abordagens de alvos, com buscas pessoais e domiciliares de evidente caráter criminoso”, disse a ex-estagiária em depoimento.
O órgão ministerial esclarece, ainda, que embora Natália Regina Assis da Silva tenha dito em depoimento que só estava “no lugar errado na hora errada”, ela também auxiliou nas diligências ilegais do bando, sobretudo quando mulheres precisavam ser abordadas.
“Embora a acusada Natália tenha negado a sua própria participação nos fatos que admitiu em seu interrogatório, sob o argumento de que apenas ‘se encontrava na hora errada no lugar errado’, será oportunamente demonstrado que a mesma que tinha efetiva atuação nas ações do grupo criminoso, participando das abordagens ilícitas como se fosse policial civil (especialmente para a abordagem de outras mulheres), inclusive com a utilização de uniformes e arma de fogo da Polícia Judiciária Civil de MT”.
OPERAÇÃO RENEGADOS
A juíza da 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT), Ana Cristina Silva Mendes, aceitou uma denúncia contra 25 policiais e ex-policiais, civis e militares, além de “apoiadores” e “informantes”, que fariam parte de uma organização criminosa que atuava na Polícia Judiciária Civil (PJC) de Mato Grosso. Os réus são acusados de concussão (receber ou exigir propina em razão do cargo que ocupam), roubo (com uso de arma de fogo, sob violência, mantendo as vítimas sob seu poder), além de “importar, produzir, transportar ou vender drogas”.
A decisão da juíza Ana Cristina Silva Mendes, publicada em 31 de maio de 2021, aponta ainda que a organização criminosa utilizou menores de idade para cometer os crimes. Tornaram-se réus Edilson Antônio da Silva, Alan Cantuário Rodrigues, Júlio Cesar de Proença, Paulo da Silva Brito, Rogério da Costa Ribeiro, André Luis Haack Kley, Frederico Eduardo de Oliveira Gruszczynski, Dhiego de Matos Ribas, Evanir Silva Costa, Raimundo Gonçalves Queiroz e Domingos Sávio Alberto de SantAna.
Ainda fariam parte da organização criminosa Reinaldo do Nascimento Lima, Natália Regina Assis da Silva, Manoel José de Campos, Jovanildo Augusto da Silva, Genivaldo de Souza Machado, Neliton João da Silva, Adilson de Jesus Pinto, João Martins de Castro, Delisflavio Cardoso Bezerra Da Silva, Sandro Victor Teixeira Silva, e Kelle de Arruda Santos, que também viraram réus no processo.
Todos eles – com exceção de Kelle Santos -, tiveram mantidas as prisões, realizadas durante a deflagração da operação “Renegados”, em 6 de maio deste ano.
Segundo informações da decisão que aceitou a denúncia, a organização criminosa era dividida em quatro subgrupos - núcleo de integrantes da Polícia Judiciária Civil, núcleo de ex-integrantes da Polícia Judiciária Civil, núcleo de apoio aos integrantes e ex-Integrantes da Polícia Judiciária Civil e núcleo dos informantes. O MPMT revela que pelo menos 12 ações criminosas foram realizadas pelo grupo.
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