A prisão preventiva decretada contra o empresário Jhonathan Galbiatti Mira, de 26 anos, por violência doméstica e lesão corporal contra a ex-namorada, foi mantida pelo juiz Roger Augusto Bim Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do leste. O magistrado voltou a despachar nos autos para analisar pedido de revogação feito pela defesa após Mira após ele ter se entregado no dia 13 deste mês.
Somente "predicados pessoais" citados pela defesa não convenceram o magistrado, que afirmou tratar-se de uma pessoa de "alta periculosidade social". O empresário ficou 49 dias foragido da Justiça e só decidiu se entregar depois que pedido de revogação da preventiva foi negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Mira é acusado de ter espancado e torturado a ex-namorada por cerca de quatro horas a ponto de causar até manchas de sangue na cabeça da vítima. Por isso, teve a prisão preventiva decretada pelo magistrado no dia 24 de maio.
No novo despacho, assinado no dia 19 deste mês, o juiz da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste, contrapôs a defesa enfatizando que a apresentação espontânea, depois de permanecer foragido por um longo período, e também a juntada de novos documentos ao processo, evidenciam a necessidade de manter a prisão de Jhonathan. De acordo com o magistrado, no processo existem outros elementos que sustentam a manutenção do decreto prisional de forma preventiva.
Lá a trás, o mesmo magistrado pontuou que a prisão preventiva tinha como objetivo garantir a integridade da vítima, uma jovem também de 26 anos. Inclusive ele citou que uma tomografia dentificou uma pequena mancha no seu cérebro da vítima.
Essa informação também já tinha sido prestada pela mãe da jovem agredida, durante depoimento prestado à Polícia Civil. Foi citado ainda que praticamente em todo corpo da vítima apresentava sinais de violência e que não foi a primeira vez que ele agrediu a jovem.
"Assim, resta evidenciado a gravidade concreta do delito e a periculosidade social a indicar a necessidade do decreto cautelar para garantia da ordem pública, eis que o crime se deu com ofensa à integridade física da vítima, infração característica de pessoa perigosa, sendo, portanto, capaz de causar danos à sociedade e por em risco à paz pública", consta no novo despacho.
ROSTO DEFORMADO
Nesse contexto o magistrado ressaltou a periculosidade de Jhonathan resta evidenciada "pelo manifesto descontrole psíquico e motivações banais da conduta, diante das agressões perpetradas em desfavor da vítima demonstrando a gravidade do delito e a periculosidade social do agente. Ademais, as agressões provocadas pelo agressor só demonstra ser o mesmo agressivo e, ainda, não possui nenhum controle psíquico, pois conforme se denota das imagens a seguir, o mesmo deixou vários hematomas visíveis no corpo da vítima”, consta nos autos que trazem também fotos da vítima com hematomas e o rosto inchado por causa das agressões.
O juiz Roger Donega, anteriormente, citou prints de conversas entre o pai da vítima e o autor da violência, onde Jonathan afirmava que "vai matar a vítima”. Depois, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o desembargador Rondon Bassil Dower Filho, também negou pedido de habeas corpus enquanto o suspeito estava foragido. Conforme divulgado por FOLHAMAX, Jonathan Galbiatti espancou a namorada dentro da casa dele numa sessão de tortura de aproximadamente quatro horas. A jovem manteve relacionamento com o acusado durante seis anos e conforme detalhes da prisão preventiva, a relação era marcada pelo comportamento agressivo e descontrolado de Jonathan. Após a agressão, o Ministério Público representou pela prisão preventiva e o magistrado concordou.
Luis
Quinta-Feira, 29 de Julho de 2021, 09h31Jorge Nelson de Souza
Quinta-Feira, 29 de Julho de 2021, 05h37Karla
Quarta-Feira, 28 de Julho de 2021, 21h34Marcelo F.
Quarta-Feira, 28 de Julho de 2021, 19h03aquiles
Quarta-Feira, 28 de Julho de 2021, 17h17