Cidades Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2024, 23h:59 | Atualizado:

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CONTRADIÇÃO

Juíza anula prisão de empresário; morte de assessor na AL foi passional

Menor apreendido teria dívida com funcionário do deputado Walmir Moretto

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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Ezequiel Padilha

 

A juíza Kátia Rodrigues Oliveira, da Vara Única de Poconé, determinou no final da tarde desta sexta-feira a revogação da prisão e ainda o arquivamento do inquérito contra o empresário Ezequiel Padilha de Souza Ferreira, de 29 anos, que estava preso por suspeita de participação na morte do assessor parlamentar Sérgio Barbieri, de 73 anos, no final de janeiro. Na decisão, a magistrada apontou que os apontamentos feitos contra ele não possuem elementos concretos, aproveitando ainda para revogar a prisão de Weverton César de Brito.

Ezequiel Padilha de Souza Ferreira havia sido preso por suspeita de envolvimento no homicídio do assessor do deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos)e 73 anos, em Poconé. Um adolescente apreendido algumas horas após o crime apontou o empresário como um dos envolvidos no crime, o que motivou o delegado Rogério Gomes Rocha a pedir sua prisão preventiva.

O crime inicialmente era investigado como latrocínio, mas com o avançar dos trabalhos, passou a ser levantada a hipótese de crime passional. Apontado como suspeito de ser o mentor do crime, Padilha gravou uma série de vídeos negando envolvimento no caso e afirmou que não esteve em Poconé quando o assassinato foi cometido.

Na decisão, a magistrada apontou que o simples fato de estar sendo processado já significa uma grave “pena” imposta ao suspeito, não sendo possível admitir denúncias que ela apontou como absolutamente temerárias, desconectadas dos elementos concretos de investigações e que tenham sido colhidos na fase pré-processual. “Aliás, uma das finalidades do inquérito policial é, juntamente, fornecer ao acusados os elementos probatórios necessários para embasar a denúncia. A justa causa passa a significar a existência de um suporte probatório mínimo, tendo por objeto a existência material de um crime e a autoria delitiva. Considerando a fata de elementos para eventual propositura da peça acusatória, até o presente momento. Ante o exposto, em consonância ao parecer Ministerial, determino o arquivamento dos autos”, diz trecho da decisão.

Em nota, a advogada do empresário, Michelle Marie, afirmou que as investigações até o momento demonstraram inconsistências e contradições nos depoimentos dos envolvidos, o que levanta dúvidas técnicas significativas quanto à participação de Padilha, não havendo nenhuma prova credível que possa ser imputada contra o empresário. “A defesa ressalta que a palavra dos menores envolvidos na investigação sempre se mostrou inconsistente, falha e sujeita a alterações conforme os desdobramentos do caso, o que demonstra a inveracidade das declarações. É importante salientar que, mesmo diante da pressão e das acusações infundadas, a Justiça, em consonância com o parecer ministerial, determinou o arquivamento dos autos, não encontrando elementos suficientes para fundamentar uma acusação formal. Além disso, a revogação da prisão preventiva de Ezequiel Padilha de Souza Ferreira reforça a falta de indícios consistentes que justifiquem a manutenção da medida cautelar”, apontou a advogada.

CRIME PASSIONAL

De acordo com as investigações, até o momento, ao invés de latrocínio, o caso se trata na verdade de um crime passional. As apurações apontam que o adolescente G.D.S.L, com quem Sérgio Barbieri mantinha um relacionamento amoroso, foi quem cometeu o homicídio.

Ele teria atuado em conjunto com o também menor G.D.C.B. e até o momento os policiais trabalham com hipótese de que o crime tenha sido cometido por conta de uma dívida que o jovem tinha com o assessor. Sérgio Barbieri foi executado com pelo menos seis tiros, sendo um na cabeça e os demais no tórax.

Familiares da vítima relataram que ele não retornou para casa nem entrou em contato após sair da capital. Durante as diligências, a polícia recebeu informações sobre a localização do veículo da vítima, um Fiat Fastback, próximo à Praça Matriz da cidade. Populares informaram que o veículo foi deixado por quatro suspeitos aparentemente menores de idade.

Após buscas nas proximidades, os suspeitos foram localizados. Durante revista pessoal, as chaves do carro e uma carteira com documentos e outros pertences de Sérgio foram encontrados. Um dos criminosos confessou que a vítima foi morta a tiros por outros dois homens e que o corpo foi escondido na rodovia Transpantaneira. A polícia encontrou o cadáver de Sérgio escondido em um matagal, com ferimentos provocados por tiros, no local indicado pelos criminosos.

Equipes da Polícia Judiciária Civil e da Politec foram acionadas e realizaram os procedimentos necessários. Durante as buscas pelos demais suspeitos envolvidos no crime, os militares se deslocaram até duas residências indicadas pelos criminosos detidos anteriormente, onde encontraram mais dois suspeitos. Eles confessaram participação no homicídio da vítima e a arma de fogo utilizada no crime foi apreendida, um revólver calibre 22.





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Comentários (2)

  • Junior copema

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 07h44
  • A PM fazendo kaca igual pjc
    4
    2



  • JOSEH

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 02h13
  • Empresário kkkkkkkkkk ?
    2
    2











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