Cidades Quarta-Feira, 26 de Junho de 2024, 22h:25 | Atualizado:

Quarta-Feira, 26 de Junho de 2024, 22h:25 | Atualizado:

OPERAÇÃO LEYENDA

Justiça condena Mickey, Pikaxu e Bruxa do 71 do CV em MT; veja penas

Chefe de bando exigia ser chamado de Senhor

DIEGO FREDERICI
Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

comando vermelho.jpg

 

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, condenou 15 membros do “Comando Vermelho” que atuam na região de Guarantã do Norte (750 Km de Cuiabá). As investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC), por meio da operação “Leyenda”, porém, apontam que as ordens aos faccionados do município do “Nortão” de Mato Grosso eram dadas de uma liderança da organização criminosa em Rondonópolis (216 Km da Capital).

A decisão do juiz é da última terça-feira (25). Os nomes dos faccionados, com seus respectivos apelidos entre parênteses, são Gustavo Henrique dos Santos Maidana (Samurai), Gustavo de Oliveira de Souza (Mickey), Jeferson Mateus da Silva Antunes (Coringa), Marcelo Henrique dos Santos Marcomini (BH/BH28), Daniel da Silva Bento  (Fazendeiro), Nathanael Soares (Nathan), Cleber Gloss da Silva (Pikaxu), Adilson de Souza (Ciclone), Bruno Max Costa Ferreira (Mente Fria), Mirian de Souza Krupinski (Bruxa do 71), Dhenison Kennedy Bairros Saraiva (DK), Adevanir Nascimento (Selvagem), Edlei Paiva Rodrigues dos Reis (JD) e Yuri Rosa dos Santos (Playboy).

As penas pelos crimes de tráfico, organização criminosa e tortura, contra os faccionados, variam de 3 anos a 14 anos de prisão em regimes variados (semiaberto ou fechado). Para melhor compreensão, confira a tabela com os nomes e respectivas condenações ao final da matéria.

No processo, alguns dos faccionados alegaram a ocorrência de “quebra da cadeia de custódia” em razão da inexistência da realização de uma perícia oficial em aparelhos celulares apreendidos. Conforme os autos, as informações teriam sido colhidas “manualmente pelos investigadores de polícia, não havendo, pois, registros completos da cadeia de custódia desde a apreensão até a produção dos respectivos relatórios investigativos”.

Em sua decisão de 169 páginas, porém, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra lembrou que os investigadores da PJC possuem “fé pública”, e que não ficou comprovada a ocorrência de irregularidades que possam ter prejudicado processualmente tanto as investigações quanto os faccionados. “A simples ausência de registro formal dos responsáveis por manusear os celulares apreendidos não constitui fato hábil a invalidar a prova colhida e as dela derivadas, mormente porque os atos praticados por funcionários públicos detém presunção de validade e legitimidade, não tendo aportado aos autos, concretamente, prova suficiente a retirar a credibilidade dos trabalhos realizados pelos policiais”, analisou o magistrado.

As investigações da PJC também revelaram que a liderança do grupo era feita por Gustavo Henrique dos Santos Maidana, o “Samurai”, que não residia em Guarantã do Norte, onde os faccionados controlavam o tráfico de drogas, e sim em Rondonópolis. Ele também era conhecido como “Fênix”.

“A testemunha disse que Gustavo Henrique dos Santos Maidana, vulgo “Fênix” ou “Samurai” era um dos líderes do Comando Vermelho, comandava o tráfico em Guarantã do Norte/MT a partir de Rondonópolis/MT e que quebrou seu aparelho celular assim que percebeu a presença da polícia, ato característico desta espécie de organização criminosa”, dizem os autos. Em Guarantã do Norte, conforme a PJC, “Samurai” contava com um "preposto" que colocava em prática suas ordens.

Gustavo de Oliveira de Souza, vulgo “Mickey”, era a liderança local no município, e exigia que os demais faccionados o chamassem de “senhor”. Mickey se refere aos seus comandados da facção criminosa em Guarantã do Norte como “fiotes”. “São todos meus fiotes. Independente virando lojista, independente subindo camisa. Exijo a partir de agora total respeito comigo, terão o mesmo da minha parte. Não quero mais ninguém entre nós me chamando de VC, é Sr.!”, ordenou ele.

Ainda de acordo com a decisão, há registros de atuação dos membros do Comando Vermelho nos municípios de Tapurah e de Sorriso, no Médio-Norte de Mato Grosso. Num dos crimes atribuídos ao grupo, ocorridos em Guarantã do Norte, uma mulher foi vítima de 60 golpes de “fio de alta voltagem”, no ano de 2021, por conta de uma dívida de drogas.

Veja a seguir a tabela com os nomes dos condenados, seus apelidos e respectivas penas.

 

faccionados CV-penas

 





Postar um novo comentário





Comentários (1)

  • Isaias Miranda - jesus meu tesouro !

    Quinta-Feira, 27 de Junho de 2024, 09h43
  • Faz o L agora! O Brasil está quebrando! O fim está próximo! Deus é fiel!
    0
    0











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet