Justiça nega liberdade a gerentes do CV de MT e mantém ação penal

 

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia Bezerra, manteve a prisão de 15 membros do Comando Vermelho, boa parte deles líderes regionais da facção, incluindo aquele apontado como o “cabeça” da organização criminosa no Estado, Sandro da Silva Rabelo, o Sandro Louco.

Em decisão publicada no dia 29 de agosto o juiz manteve as prisões de Sandro Louco, Jonas Souza, Fábio Marques do Nascimento (Lacoste), Renildo Silva Rios (apontado como um dos principais líderes do CV no Estado), Edvaldo Ricardo de Souza, Wambastther Ollion Bispo Moreira, Maykson Jonatas Amaral Costa, Alan Gustavo, Filipe Antônio Bruschi (“tesoureiro” do CV no Estado), Jeferson Andrade Viana (Soberano, gerente da facção em Colíder) e Lauro Alves Machado.

Completam a lista de membros do Comando Vermelho que tiveram a prisão mantida Adenilson Nascimento (Red Bull, gerente em Campo Verde), Vithor Hugo Dragoni Duarte, Sérgio Borges de Oliveira (Lacoste, "chefe" em Sapezal), e Alan Gustavo Freitas Fagundes (Bebê, que “manda” em Chapada dos Guimarães).

De um modo geral, os suspeitos alegaram a “inépcia da inicial”, quando não há elementos suficientes para a persecução penal – ou seja, o próprio trâmite do processo no Poder Judiciário, que ao final deverá proferir sua sentença, seja pela absolvição ou condenação.

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, por sua vez, explicou que a suposta inépcia da inicial será analisada durante a fase de produção de provas nos autos, como depoimentos e eventuais perícias em documentos, por exemplo.

“Os quais serão esclarecidos após a instrução criminal, bastando para tanto, a exposição fática criminosa em toda a sua essência e com todas as circunstâncias do crime, além da qualificação dos acusados e o rol de testemunhas da acusação, garantido, desse modo, o exercício da ampla defesa e do contraditório”, analisou o magistrado.

O juiz Jean Garcia intimou as partes para uma audiência nos dias 9 e 10 de outubro de 2023. Antes do desmembramento dos autos, a denúncia do Ministério Público (MPMT) imputou que 39 suspeitos fariam parte do Comando Vermelho, em todas as regiões de Mato Grosso. Os autos revelam indícios que o grupo atuaria nas cidades de Barra do Bugres, Tangará da Serra, Sapezal, Campo Novo do Parecis, Colíder, Itaúba, Nova Santa Helena, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã do Norte, Cáceres, Campo Verde e Chapada dos Guimarães.