Cidades Quinta-Feira, 06 de Maio de 2021, 19h:05 | Atualizado:

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TRAGÉDIA DO ALPHAVILLE

Mãe de adolescente processa pais de assassina e pede bloqueio de 15 imóveis em MT

Magistrado pediu que mãe de jovem apresente avaliação dos imóveis

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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A empresária Patrícia Hellen Guimarães, mãe de Isabele Guimarães, morta em julho de 2020 aos 14 anos num condomínio de luxo em Cuiabá pela própria amiga, também adolescente, pediu na Justiça o bloqueio de 15 imóveis dos pais da assassina. O arresto de bens dos pais da adolescente – Marcelo Martins Cestari e Gaby Soares de Oliveira Cestari -, foi ingressado no Poder Judiciário de Mato Grosso no dia 30 de abril de 2021.

A mãe de Isabele Guimarães tenta, assim, garantir a reparação pela morte da filha a título de indenização por danos morais e materiais. “A morte violenta da vítima Isabele Guimarães Ramos decorrente, em tese, da conduta dos acusados e de sua filha, causou danos psicológicos irreversíveis na requerente, na condição de genitora, e no seu filho, de apenas 13 anos de idade”, diz trecho do pedido.

A defesa da empresária realizou um levantamento da Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Anoreg/MT), e constatou a existência de pelo menos 15 imóveis que estão no nome do casal. Curiosamente, Marcelo Cestari utilizou o argumento de que passava por “problemas financeiros” para não pagar uma fiança de R$ 104,4 mil.

Ele chegou a ser preso em 2020 após o assassinato cometido pela filha pelo crime de posse ilegal de armas. Isso porque, duas armas de fogo encontradas em sua residência no dia do assassinato, não estavam registradas em seu nome.

As armas eram do sogro de sua filha e uma delas foi usada na morte da adolescente de 14 anos. O juiz Murilo Mesquita, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou na quarta-feira (5) que Patrícia anexe aos autos a estimativa de avaliação de preço dos imóveis para aresto, bem como as certidões atualizadas das matrículas de cada um dos imóveis.

A empresária tem 15 dias, a contar da notificação, para realizar a pesquisa. Segundo magistrado, não há como analisar o pedido sem a descrição dos valores dos imóveis. “Não se mostra desarrazoado cogitar que, diante da grande quantidade de imóveis que se pretende arrestar, o valor destes superará a importância inicialmente estimada para indenização e, talvez, até com muito excesso”, disse o magistrado.

O CASO

Isabele Guimarães Rosa tinha apenas 14 anos quando foi assassinada em julho de 2020 num condomínio de luxo, em Cuiabá. Ela foi vítima de um tiro na cabeça, disparado à queima roupa pela própria amiga, também adolescente.

Os pais da infratora - Marcelo Martins Cestari e Gaby Soares de Oliveira Cestari -, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado (MPMT) por homicídio culposo (sem intenção de matar), posse ilegal de arma de fogo, entrega de arma de fogo a menor de idade, fraude processual e corrupção de menores.

A adolescente utilizou uma pistola calibre .380 que estava em posse do ex-namorado para assassinar a amiga, em sua própria casa, no banheiro da residência, sem possibilidade de defesa. Atualmente, ela cumpre pena no complexo do Pomeri, na Capital, onde deverá permanecer os próximos 3 anos se não conseguir reverter sua condenação.

Marcelo Cestari, que é empresário e "entusiasta" da prática de tiros, já gastou R$ 45 mil para adquirir cinco armas de fogo importadas dos Estados Unidos.

 





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