O Governo Federal criou uma força-tarefa, em âmbito nacional, para apurar irregularidades no Programa Minha Casa, Minha Vida. Só na Grande Cuiabá, por exemplo, 1.324 moradias populares estão nas mãos de quem não faz jus ao benefício.

As fraudes mais comuns são de casas vendidas, alugadas, ou de pessoas que não se encaixam no perfil socioeconômico estabelecido pelo programa, e, mesmo assim, conseguem burlar o sistema e adquirir um imóvel. Em Cuiabá há um déficit habitacional de 38 mil moradias. Em Várzea Grande, 18 mil famílias se inscreveram neste ano para adquirir uma casa popular.

Nas duas cidades é constante o número de denúncias quanto à fraudes no programa Federal. Só em Várzea Grande, a Secre-taria de Desenvolvimento Urbano (SMDU) detectou 1.024 moradias irregulares nos últimos três anos. Dessas, apenas 74 residências foram reintegradas.

Segundo a subsecretária da SMDU, Luciana Araújo, o trabalho vai continuar até que todas as moradias sejam recuperadas. Ela ressalta que as falsificações mais comuns são de pessoas que vendem, alugam ou deixam a casa vazia.

Em Cuiabá, o secretário de Cidades, Suelme Fernandes, estima que há 300 moradias irregulares. Ele também possui uma equipe técnica que realiza in loco as vistorias das casas. Essa equipe é composta por uma assistente social e membros da Caixa Econômica.