Morador de prédio de luxo em Cuiabá é alvo da PF em esquema de "lavagem" de R$ 4 bi

 

O morador do prédio Forrest Hill, José Vilela Neto, uma das unidades imobiliárias mais luxuosas de Cuiabá, foi um dos alvos de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na Operação Sucessão e Fluxo Capital, deflagrada na quinta-feira (3) para  desarticular uma suposta organização criminosa suspeita de lavar R$ 4 bilhões do dinheiro do tráfico de drogas e outros crimes. 

A ação foi coordenada pela delegacia de Londrina, no norte do Paraná. Conforme apurado pelo FOLHAMAX, o alvo trabalha com operações cambiais (troca de real por moeda estrangeira) e também seria pecuarista.

Durante cumprimento do mandado de busca e apreensão, policiais apreenderam US$ 4,8 mil, além de veículos de luxo. Em Cuiabá, houve outro mandado de busca e apreensão, mas o alvo não foi confirmado.

Ao todo, a PF cumpriu 19 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão em seis estados brasileiros. Para desmantelar o esquema criminoso, foram deflagradas duas operações em conjunto: "Sucessões" e "Fluxo Capital". 

A PF informou que uma das operações, batizada de Sucessão, é um desdobramento da Operação Spectrum, que prendeu Luiz Carlos da Rocha, conhecido como "Cabeça Branca". A PF diz que o investigado é considerado um dos maiores traficantes de drogas do Brasil.

Já a Operação Fluxo Capital, foi destinada a desmantelar uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro e movimentar milhões de reais usando laranjas, empresas de fachada e contadores.

De acordo com a PF, o grupo auxiliava na lavagem de dinheiro de Cabeça Branca e de outras organizações criminosas. As empresas controladas pela associação movimentaram R$ 4 bilhões.