Secopa já havia sido alertada de risco de desabamento no local
A resistência da Secopa em fazer um muro de contenção nas proximidades do Viaduto do Despraiado por pouco não acabou em tragédia na madrugada deste sábado. Isso porque, o morro, que já havia sido alertado para o risco de desmoronamento, teve parte dele desabadop. Uma casa que fica no alto teve parte do terreno comprometido.
No ano passado, pouco antes da inauguração do viaduto no mês de novembro, o secretário adjunto de infraestrurtura da Secopa, Alisson Sander, esteve no local e prometeu a construção muros de contenção, para evitar que os destroços invadissem a rua. Porém, a única coisaque foi feita foi a interdição de parte da pista marginal do viaduto. “Eles não mexeram em nada, do jeito que estava ficou. A sorte é que nenhuma pessoa estava passando no local na hora, se não seria uma tragédia maior ainda”, disse Rosimeire França de Paula Fiúza, dona da residência que quase desabou.
A dona da casa afirmou que na época em que foi dado alerta do risco do morro cair, a Secopa garantiu que a casa dela não corria riscos. “O engenheiro da Secopa disse que poderíamos continuar aqui, que não corríamos perigo. Mas, em contrapartida, o coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, Oscar Amélito, nos aconselhou a deixar a residência, pois assim como as outras corria risco de desabamento”.
Na época a Secopa disse que estaria estudando uma maneira de auxiliar as famílias ao saírem dos imóveis. Uma hipótese seria a possibilidade de pagamento de aluguel, coisa que não aconteceu, segundo Rosemeire. “Saí da minha casa própria, com meu marido e minhas duas filhas e estamos morando de aluguel em um apartamento, sem nenhuma ajuda do Governo”.
Perigo – No dia 12 de novembro do ano passado, a Defesa Civil de Cuiabá determinou a saída de moradores de 9 casas localizadas no alto do mesmo morro. Segundo o órgão, o solo estaria instável e com risco iminente de outros deslizamentos.
O morro do Despraiado recebeu intervenções este ano com a obra do viaduto na avenida Miguel Sutil, o que teria provocado a condição atual do solo. Nove famílias foram retiradas do local por risco.
A Defesa Civil estadual esteve no local e confirmou o alerta para evacuação da área. O superintendente do órgão, coronel Sérgio Delamônica, também pontuou a necessidade de análise do solo para apresentação de um laudo técnico feito por um geólogo.