O juízo da 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica de Emanoele Aparecida Vargas Wagne. Ela é suspeita de fazer parte da facção criminosa Comando Vermelho e, ao lado de outros réus, estaria comandando o tráfico de drogas na região sul do estado, a partir da cadeia pública de Rondonópolis (216 KM de Cuiabá).
Em despacho publicado no dia 10 de novembro, o juízo da 7ª Vara Criminal determinou a retirada da tornozeleira uma vez que os outros réus, que chegaram a ser presos, foram beneficiados com medidas cautelares diversas da prisão – sem monitoramento.
“Com efeito, observa-se que uma vez que decretado outras medidas cautelares diversas da prisão, após a revogação da prisão domiciliar, aliado ao fato de que os demais acusados também foram beneficiados com a Revogação da Prisão Preventiva, sem monitoramento eletrônico, em homenagem ao princípio da isonomia entre as partes, a retirada do aparelho de monitoramento eletrônico colocado na acusada deve ser retirado imediatamente”, diz trecho da decisão.
No mesmo despacho, outra faccionada, identificada como Pabla Melo Klauss, foi autorizada a manter contato com o marido (também faccionado), com quem tem três filhos. O suspeito, Weslen Henrique de Lima Ramos, ainda não conheceu o filho caçula, nascido em 2020, época em que estava preso e com visitas suspensas em unidades prisionais em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“A requerente é companheira do corréu Weslen Henrique de Lima Ramos, um dos investigados, com quem possui 03 filhos, menores de 12 anos, inclusive o infante de 01 ano e 07 meses, não conheceu o seu genitor, já que nasceu em 22.10.2020, data em que seu genitor estava segregado, aliado ao fato de que à época de seu nascimento, as visitas estavam suspensas”.
Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), além das duas rés já citadas, Francisco Marcos da Silva, o “Chico”, Herivelto Rocha dos Santos, o “Lele/Calebe/RS”, Paulo Henrique Félix da Silva, “PH”, e Aldo Rogério Ribeiro dos Santos, conhecido como “Nego Aldo”, fariam parte de um bando maior, do Comando Vermelho, que comanda o tráfico de drogas na região sul de Mato Grosso de dentro da cadeia pública de Rondonópolis.
“A denúncia tem por base o inquérito policial, oriundo da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis/MT, no qual foi possível constatar a existência de suposta Organização Criminosa denominada, ‘Comando Vermelho – CVMT’, atuante na cadeia pública da citada comarca, praticando, em tese, o tráfico de drogas naquela região, além de ser responsável por quase toda a comercialização de entorpecentes”, diz a denúncia.
Os autos fazem parte da operação “Rouge”, que cumpriu 14 mandados de prisão, e 15 de busca e apreensão, no ano de 2020.
Sereno
Segunda-Feira, 05 de Dezembro de 2022, 09h55