Cidades Quinta-Feira, 08 de Maio de 2025, 15h:27 | Atualizado:

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INOVAÇÃO

Oficina Let’s Gov transforma visão de servidores sobre inovação e fortalece papel do InovaJusMT

 

Da Redação

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Uma nova forma de pensar e fazer inovação no Judiciário começou a se consolidar no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A oficina “Let’s Gov – Capacitação em Gestão e Operação de Laboratórios de Inovação”, realizada entre os dias 5 e 7 de maio, mobilizou magistrados(as) e servidores(as) de diversas áreas em uma experiência prática, reflexiva e transformadora. A atividade fortaleceu o papel do Laboratório de Inovação do TJMT (InovaJusMT) como um espaço de experimentação institucional, fomentou a criação de soluções concretas a partir de ferramentas colaborativas e despertou nos participantes a ideia de que a inovação deve ser construída com escuta, cocriação e propósito.

“A própria realização dessa oficina já é um avanço. Ressignificar o laboratório de inovação, previsto em resolução do Conselho Nacional de Justiça, só é possível quando damos significado real ao espaço. E quem constrói esse significado são as pessoas”, afirmou o facilitador André Tamura, fundador da WeGov, startup focada em estimular ações inovadoras no setor público.

Durante a oficina, foi apresentado que a inovação, para ser efetiva, precisa ultrapassar fronteiras organizacionais e se tornar parte do cotidiano institucional. Para a coordenadora do InovaJusMT, juíza de Direito Joseane Quinto Antunes, o maior legado da formação está justamente na construção coletiva e na ampliação do olhar sobre os processos internos. “A inovação não pode estar restrita a um setor ou a uma pessoa. Ela precisa ser institucionalizada, com colaboração real. Essa oficina nos deu ferramentas para enxergar melhor o processo de melhoria contínua”, reforçou.

Promovida pelo InovaJusMT com o apoio da Escola dos Servidores do Poder Judiciário, a oficina foi dividida em uma etapa virtual, realizada na segunda-feira (05 de maio), e duas presenciais, na terça e quarta-feira (06 e 07 de maio). Os(as) participantes vivenciaram os oito módulos propostos: Inovação, Ciclo da Inovação, Laboratórios, Governança, Carta de Serviços, Multiplicadores, Apresentações e Fechamento. O conteúdo foi construído com metodologias ativas, dinâmicas visuais, construção coletiva e troca de experiências.

Entre os temas centrais esteve a compreensão de que laboratórios de inovação são espaços institucionais para testar hipóteses, escutar com profundidade e cocriar soluções. “O laboratório não é mais um departamento do tribunal. É um espaço onde a gente vai experimentar, testar aquele serviço que pode ser feito diferente, mas que ainda não dá para fazer para todo mundo”, destacou Tamura.

Foram apresentados diferentes tipos de laboratórios, como os voltados para design de serviços, dados, aprendizagem e colaboração. Cada um com vocações específicas, como criar protótipos, antecipar cenários futuros ou promover mudanças culturais. Também foram elencadas as principais atribuições desses espaços, como mapear gargalos, facilitar escuta ativa, desenhar jornadas do usuário, testar soluções em pequena escala e disseminar boas práticas.

A oficina também estimulou reflexões sobre o que significa “servir” e entregar “serviços” à sociedade. Para isso, os(as) participantes utilizaram o Canvas de Serviços, ferramenta que os ajudou a descrever propostas de forma clara e objetiva, identificando o que é o serviço, seu objetivo e sua periodicidade.

O Ciclo da Inovação Organizacional também foi um dos pilares da formação, estruturado em seis etapas: identificar problemas, gerar ideias, desenvolver propostas, implementar projetos, avaliar resultados e disseminar aprendizados.

Para a diretora do Departamento de Apoio aos Juizados Especiais (Daje), Shusiene Tassinari Machado, a oficina ampliou a compreensão sobre o papel do laboratório. “Nós, da área judicial, sempre pensamos em processo. Às vezes, achamos que nossa voz não será ouvida. A oficina mostrou que é possível pensar, criar e transformar”. A servidora Julienne Aguirre, da Comarca de Cáceres, também destacou o impacto da atividade. “Me trouxe novos olhares e conexões com áreas que eu nem sabia que existiam. Aqui, percebi que há um espaço para colocar nossas ideias em prática e transformar o Judiciário num lugar ainda melhor”.

Além disso, a oficina abordou o modelo das Faces da Inovação conforme o Observatório para Inovação no Setor Público (OPSI), classificando as inovações em quatro categorias: Melhoria, Adaptação, Antecipação e Missão. Essa classificação permitiu aos participantes reconhecerem o perfil de suas iniciativas e pensarem como evoluí-las dentro da instituição.

Para Tamura, outro resultado importante foi a composição diversa dos grupos. “Quando a gente envolve perfis diferentes como alta gestão, servidores de base, interior e capital já demonstra um resultado diverso. E diversidade gera inovação”, apontou.

No encerramento, os cinco grupos apresentaram propostas estruturadas, construídas com base nas metodologias aplicadas. Além de responder a problemas reais, as ideias apresentadas revelaram o potencial transformador de um Judiciário que se abre ao diálogo e à experimentação. “Vamos ver, nas próximas semanas e meses, se o que foi vivido aqui impactará de fato a cultura da instituição. Porque, no fim, um novo jeito de trabalhar é, por si só, inovador”, concluiu Tamura.





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