PM reintegra cabo demitido após ser vítima da "grampolândia" em MT

 

O comandante-geral da PM publicou a reintegração do cabo PM Reinaldo Jorge Magalhães, exonerado das forças de segurança estaduais por ter cobrado uma propina de R$ 11 mil para não prender dois traficantes de drogas em Cuiabá. A reintegração consta no Diário Oficial do Estado da última quinta-feira (3).

De acordo com informações do processo judicial que determinou o retorno do cabo PM à corporação, Reinaldo Jorge Magalhães e o soldado Renato Carradine Souza, apreenderam 23 quilos de maconha numa quitinete do bairro Santa Isabel, em Cuiabá, no mês de julho de 2015. Os policiais militares, entretanto, cobraram uma propina de R$ 11 mil para não prender um casal que se encontrava na residência, e que seriam traficantes de drogas. 

A suposta propina teria chegado ao conhecimento da PM por meio de uma “denúncia anônima”

O soldado PM Renato Carradine Souza, que também foi reintegrado à PM neste mês de janeiro de 2022, no entanto, alegou que não houve denúncia anônima sobre a suposta cobrança de propina. Segundo ele, a “denúncia” partiu de uma interceptação telefônica ilegal, promovida pela própria Polícia Militar, no esquema que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.

Na portaria em que reintegra o cabo, o comandante geral da PM destaca que ele receberá os salários no período em que esteve fora da corporação. “A Diretoria de Gestão de Pessoas da PMMT, dando ciência à Corregedoria-Geral da PMMT, deverá junto a Assessoria Jurídica, tomar providências para informar a PGE/MT sobre o inteiro teor desta portaria, destacando sobre a confirmação do real efeito “ex tunc” da ótica financeira, pagamento de valores pelo tempo que ficou fora da caserna, bem como quaisquer outras vantagens a que faça direito ao período retroativo”, diz a portaria.