Policiais militares permanecem, na manhã desta segunda-feira (11), na área do Contorno Leste denominada Brasil 21, em Cuiabá, para cumprir uma ordem de reintegração de posse determinada pela Justiça em favor da empresa Àvida Construtora. A chegada dos militares no local iniciou na noite deste domingo (10) e gerou tensão, mas os moradores resistem em deixar o espaço. Os deputados Valdir Barranco (PT) e Wilson Santos (PSD) estão no local.
A ocupação ocorre no local desde 2023. FOLHAMAX conversou com um representante da Associação Brasil Sem Teto que acompanha o caso. "A situação é a pior possível, são mais de 400 famílias que moram lá há 1 ano e quatro meses, não são marginais ou criminosos e não têm para onde ir. Não são pessoas aproveitadoras. Infelizmente, é claro que aproveitador existe em qualquer lugar e que se aproveitam da situação, mas não é o caso da maioria alí", explicou.
O dirigente criticou a falta de planejamento da Prefeitura de Cuiabá que não fez um plano de moradia e habitação para as famílias que residem na região e citou que no caso de famílias venezuelanas a gestão municipal cedeu uma área de três hectares e meio no bairro Jardim Novo Pequizeiro, às margens da rodovia estadual MT-040.
"Por que nós que somos cuiabanos não temos esse direito também? Não temos ideologia, nossa ideologia é a moradia, não adoramos [político] x ou y", enfatizou o representante da asssociação.
Idealizada pela gestão Emanuel Pinheiro (MDB), a Avenida Contorno Leste é considerada a maior obra estruturante dos últimos 50 anos da capital interligando as regiões do Coxipó e CPA e tem custo de R$ 125 milhões, que irá beneficiar aproximadamente mais de 250 mil pessoas, ligando a região do Distrito Industrial à Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251) em um trajeto de 16 quilômetros.
A empresa Ávida Construtora teve o pedido de recuperação judicial determinado pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, em março de 2023 e soma mais de R$ 36 milhões em dívidas que, de acordo com a construtora, se deve aos altos juros, crises econômicas nacionais, pandemia da Covid-19, alta inflação, baixa liquidez, ações na justiça contra a construtora, rescisões contratuais e condenações da devolução de valores pagos.
No último dia 23 de fevereiro, o pecuarista João Antônio Pinto, que seria dono de uma área também invadida na região do Contorno Leste, morreu em confronto com policiais civis. Ele não aceitava que seu imóvel fosse invadido.
D.O.A
Segunda-Feira, 11 de Março de 2024, 14h02Cuiabano
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