Cidades Segunda-Feira, 18 de Outubro de 2021, 10h:46 | Atualizado:

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OPERAÇÃO RENEGADOS

Policial acusado de extorsão alega doença, mas juíza nega prisão domiciliar

Evanir Silva Costa é um dos réus da operação Renegados e teria participado de uma tentativa de extorsão de R$ 20 mil

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, manteve a prisão do investigador aposentado da Polícia Judiciária Civil (PJC), Evanir Silva Costa, réu por concussão e roubo. Ele faria parte de uma organização criminosa formada por policiais e ex-policiais (civis e militares), alvo da operação “Renegados”, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Em decisão do último dia 8 de outubro, a juíza negou a substituição da prisão preventiva para a prisão domiciliar do investigador aposentado, que alegou possuir diabetes. Ana Cristina Silva Mendes informou que exames foram realizados em Evanir Silva Costa, que verificaram a correta administração de medicamentos para tratar o diabetes do réu.

“Verifica¬-se que de acordo com o Relatório de Saúde do acusado, juntado aos autos, o último atendimento médico do mesmo foi realizado em 15/09/2021, sendo liberado para convívio e encontrando¬-se em bom estado de saúde, sem sinais de complicações por comorbidade. Conforme informações obtidas junto à Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães, o acusado é diabético, mas realiza uso correto da medicação antiglicêmica, bem como da insulina NHP, conforme prescrição médica”, esclareceu a juíza.

Na mesma decisão, a juíza Ana Cristina Silva Mendes autorizou que a ex-estagiária da PJC, Natália Regina Assis da Silva, que encontra-se em prisão domiciliar, receba a segunda dose da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), no dia 24 de novembro de 2021, em Cuiabá. Ela teria um relacionamento amoroso com o investigador Edilson Antônio da Silva, apontado como um dos líderes da organização criminosa, e também teria participado das ações de concussão e dos roubos da quadrilha.

RENEGADOS

A juíza da 7ª Vara Criminal do TJMT, Ana Cristina Silva Mendes, aceitou uma denúncia contra 25 policiais e ex-policiais, civis e militares, além de “apoiadores” e “informantes”, que fariam parte de uma organização criminosa que atuava na PJC de Mato Grosso. Os réus são acusados de concussão (receber ou exigir propina em razão do cargo que ocupam), roubo (com uso de arma de fogo, sob violência, mantendo as vítimas sob seu poder), além de “importar, produzir, transportar ou vender drogas”.

A decisão da juíza Ana Cristina Silva Mendes, publicada em 31 de maio de 2021, aponta ainda que a organização criminosa utilizou menores de idade para cometer os crimes. Tornaram-se réus Edilson Antônio da Silva, Alan Cantuário Rodrigues, Júlio Cesar de Proença, Paulo da Silva Brito, Rogério da Costa Ribeiro, André Luis Haack Kley, Frederico Eduardo de Oliveira Gruszczynski, Dhiego de Matos Ribas, Evanir Silva Costa, Raimundo Gonçalves Queiroz e Domingos Sávio Alberto de SantAna.

Ainda fariam parte da organização criminosa Reinaldo do Nascimento Lima, Natália Regina Assis da Silva, Manoel José de Campos, Jovanildo Augusto da Silva, Genivaldo de Souza Machado, Neliton João da Silva, Adilson de Jesus Pinto, João Martins de Castro, Delisflávio Cardoso Bezerra Da Silva, Sandro Victor Teixeira Silva, e Kelle de Arruda Santos, que também viraram réus no processo.

Segundo informações da decisão que aceitou a denúncia, a organização criminosa era dividida em quatro subgrupos - núcleo de integrantes da Polícia Judiciária Civil, núcleo de ex-integrantes da Polícia Judiciária Civil, núcleo de apoio aos integrantes e ex-Integrantes da Polícia Judiciária Civil e núcleo dos informantes. O MPMT revela que pelo menos 12 ações criminosas foram realizadas pelo grupo.

As práticas criminosas teriam resultado numa extorsão em dinheiro no valor de mais de R$ 1 milhão, além do "roubo" (e posterior "revenda") de nada menos do que 139 quilos de drogas (pasta base e cocaína).

 





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Comentários (1)

  • Eugène Terre'Blanche

    Segunda-Feira, 18 de Outubro de 2021, 15h37
  • Hora de falar em coisa séria: Na Rodoviária de Cuiabá, ao lado tem uma plantação de eucaliptos e no outro lado da Av. Rep. do Líbano também tem. Ali é lugar de uso e venda de drogas dia e noite. O que não falta lá é usuário tornozelado e com muitas passagens pela policia. Tem até um traficante que fica ao lado da Rodoviária num ponto de chapa disfarçado. Fica vendendo dia e noite. Ficam revezando. Tem roubos na região, sessão de espancamentos de usuários que "não pagam". Tudo subordinado àqueles traficantes de famosa Rua da Vitória bairro Alvorada. Não adianta Rotam fazer a tal operação genesis, ficar batizando operação policial se não dá conta daquilo lá. É a entrada da cidade, e o que não falta lá é noiado para turista ver.
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