Professores da UFMT deflagram greve por reajuste salarial

 

Por 216 votos a favor e 90 contrários, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram greve geral em todos os campi de Mato Grosso durante assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (17), no campus de Cuiabá. O movimento paredista terá início da próxima semana, após o prazo de 72 horas para comunicar a reitoria sobre a decisão tomada pela maioria. 

De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-SSind) a morosidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em avançar nas negociações com os servidores federais não deixou outra alternativa a não ser deflagrar a greve por tempo indeterminado.

Um dos principais motivos para a paralisação é a perda salarial dos servidores federais desde o Governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu o comando do país em 2016. Eles pedem o reajuste de 7,06% ainda neste ano como em 2025 e 2026. Já o Governo Federal não propôs nada para 2024 e para os dois anos seguintes apenas 4,5%. 

Os docentes pedem ainda o 'revogaço' das medidas tomadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como a reforma administrativa (PEC 32), mais avanços na reestruturação da carreira bem como a equiparação dos benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche. 

Os tecnico-administrativos da UFMT já estão em greve desde maço deste ano. Ao todo, 1,3 mil servidores técnicos, responsáveis por todo o funcionamento administrativo da instituição estão de braços cruzados.

Os representantes da categoria afirmam que não aceitarão uma recomposição salarial de zero por cento para 2024, reiterando a importância da educação como prioridade e a necessidade de um investimento maior na carreira.

 

 

 

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