Cidades Quarta-Feira, 31 de Maio de 2023, 19h:30 | Atualizado:

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ATIVO OCULTO

Preso, Sandro Louco enviou arma e dinheiro para tia; juiz não libera carrão

Mesmo preso, chefe do CV "cuidava" da tia idosa, que alega ser dona de carro apreendido

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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Nivus Sandro Louco

 

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, negou um pedido de restituição de um carro feito pela defesa de Irene Pinto Rabelo Holanda, de 78 anos, tia do líder do Comando Vermelho (CV), Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”. Ela foi um dos alvos da Operação Ativo Oculto, deflagrada em março deste ano, que desarticulou um grupo de lavagem de dinheiro e a ocultação de bens e valores auferidos em decorrência da atividade da criminosa.

A denúncia aponta que, mesmo sem possuir nenhuma fonte de renda conhecida ou emprego, entre 2018 e 2021, Irene Pinto Rabelo Holanda realizou várias aquisições significativas, sendo um veículo VW Nivus, avaliado em R$ 124,5 mil, além de um terreno localizado no Jardim Mossoró, no valor de R$ 65 mil, outro no Residencial Paulicéia, por R$ 45 mil e uma área no Pedra 90, comprada por R$ 70 mil, todos eles pagos em espécie.

Os investigadores apontaram ainda que Alessandra Rabelo Uszko, filha de Irene e considerada “irmã” de Sandro Louco, adquiriu um lote no Núcleo Habitacional Cristo Rei, pelo valor de R$ 70 mil, montante também pago em espécie. Ela, assim como a mãe, não possui nenhuma fonte de renda ou vínculo empregatício.

Durante a deflagração da operação, foram apreendidos na casa dela um revólver calibre 38, além de 12 munições e um total de R$ 36,5 mil em espécie. De acordo com os policiais, Irene Pinto Rabelo Holanda contou que a arma foi fornecida por Sandro Louco, para que se protegesse, já que ela, no passado, havia sido vítima de furto e roubo. Em relação ao dinheiro, a mulher explicou que guardava a quantia para a cirurgia de sua neta. Por conta disso, o juiz negou o pedido de restituição do automóvel.

“Assim, logo de plano se verificam indícios de que a requerente movia valores provenientes das atividades criminosas engendradas pelo Comando Vermelho. Somando-se isso ao fato de que o veículo objeto do presente pedido é de valor expressivo e foi adquirido após os fatos narrados na exordial acusatória (em 2021, consoante o CRLV juntado ao processo), conclui-se pela existência de veementes indícios de que a obtenção do veículo se deu por meio de proventos da infração”, diz a decisão.

O magistrado, no entanto, acatou um pedido e desbloqueou as contas bancárias de Benedito Alves de Holanda, marido de Irene. De acordo com a defesa, os valores foram restritos de forma indevida, já que se tratam de vencimentos impenhoráveis por serem originados de aposentadoria.

“Considerando os documentos comprobatórios juntados pela requerente, verifica-se que não há óbice ao levantamento do bloqueio, seja porque Benedito não figura no polo passivo dos autos correlatos, seja porque, como salientaram a requerente e o Parquet, os vencimentos oriundos da aposentadoria são considerados impenhoráveis e não estão sujeitos aos efeitos de eventual condenação penal. Sendo assim, defiro o pedido e determino seja expedido alvará de levantamento para o bloqueio da conta bancária apontada”, destaca a decisão.





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Comentários (1)

  • Afonsão

    Quarta-Feira, 31 de Maio de 2023, 21h34
  • Tem q mandar esse bandido covarde do Sandro Louco para um presídio federal. Ele controla todo o sistema e executivo e judiciário não tomam providências.
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