A secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, criticou o que chamou de “excessos” por parte do Ministério Público Estadual (MPMT) em relação às obras realizadas pelo Estado no Morro de Santo Antônio, em Santo Antônio de Leverger (34 km ao sul de Cuiabá). A gestora comparou o local com pontos turísticos de outras regiões e questionou sobre o tipo de estrutura que a população deseja para frequentar os atrativos.
“Alguém de vocês já visitou o Parque da Tijuca no Rio de Janeiro ou o Parque Nacional do Iguaçu em Foz do Iguaçu? Que tipo de unidade de conservação vocês querem visitar? Aquelas que têm acessibilidade, que garantem segurança, permitem fazer contemplação, com banheiro, lanchonete? É tudo isso que nós vamos visitar lá fora. Mas quando nós queremos implementar isso em Mato Grosso todo tipo de resistência acontece”, manifestou.
Ela ainda citou que nada foi feito pelo Morro de Santo Antônio em gestões anteriores e que no mandato do governador Mauro Mendes (União Brasil) o plano de manejo foi implementado para ocorrerem obras que melhorem a visitação do espaço. Contudo, reconheceu que as intervenções passaram por problemas.
“É fato que as obras tiveram questões operacionais, uma ampliação maior do que estava previsto para a pista. Essa foi uma das grandes discussões. A pista era de 4 metros e, no momento da sua confecção, ficou de 7 metros. O projeto de recuperação para essa área já está apresentado, ela vai ser revitalizada”, garantiu.
Conforme Mauren, as informações técnicas devem ser apresentadas no processo judicial. Ela assegurou que as obras valorizarão culturalmente o espaço e vão permitir visitações mais atrativas, peregrinações religiosas com mais segurança, e manter uma “pista hard” para os que desejam continuar a fazer a tradicional trilha.
No último mês, o Ministério Público Estadual (MPMT) realizou inspeções no espaço e constatou degradação ambiental em decorrência das obras, que vão desde processos erosivos, abertura de estrada com cerca de 10 metros de largura, riscos de deslizamentos e falta de sinalização na área de preservação.
Além disso, caminhões da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) foram flagrados retirando pedras do Morro de Santo Antônio. A situação irregular foi constatada em fiscalização no dia 21 de fevereiro deste ano. As pedras foram destinadas às obras do Parque Novo Mato Grosso, também do governo do Estado.
Referente a este ponto, Mauren informou que não acredita que isso seja motivação suficiente para a interdição do local. “Isso, sinceramente, é um motivo para interditar o parque? Para tirar a administração do Estado que está fazendo os maiores investimentos da história? Parece mais uma intervenção na gestão do que necessariamente uma proteção do meio ambiente”, criticou.
Ainda este mês, o MP moveu uma Ação Civil Pública (ACP) contra o governo do Estado, por degradações ambientais causadas pelas obras da trilha aberta no Morro de Santo Antônio. O documento solicitava a interdição imediata de toda obra e atividade no local, exceto da contenção das erosões e recuperação da área degradada.
Atualmente a obra está suspensa até que sejam estabelecidas e aprovadas medidas corretivas. Foi publicada na quinta-feira (27), no Diário Oficial do Estado, a portaria Nº 344/2025/SEMA/MT que dispõe sobre a aprovação do Plano de Manejo do Monumento Natural Morro de Santo Antônio.
Marcos
Domingo, 30 de Março de 2025, 11h00Elzis Carvalho
Domingo, 30 de Março de 2025, 10h07Fudencio
Domingo, 30 de Março de 2025, 09h44Paulo
Domingo, 30 de Março de 2025, 01h08Indigninadissimo
Sábado, 29 de Março de 2025, 20h35Paulo
Sábado, 29 de Março de 2025, 19h49Elisa Alves Barros
Sábado, 29 de Março de 2025, 18h04Fernando Esdras
Sábado, 29 de Março de 2025, 17h14