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Venda da Santa Casa causa incerteza entre empresas notificadas

Nove empresas que prestam serviços no local terão que desocupar o espaço

ALINE ALMEIDA
A Gazeta

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Com a venda do complexo da Santa Casa de Misericórdia, determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho essa semana, 9 empresas que prestam serviços no local terão que desocupar o espaço em 60 dias, após a confirmação da compra. Depois de meio século instalado no mesmo espaço, o Centro de Patologia e Citologia (CPC) está entre estas empresas e recebeu a notícia com preocupação. Carlos Aburad, um dos proprietários do CPC, afirma que o ambiente é de incerteza. 

"Nosso laboratório está aqui há 50 anos, desde sua fundação. E ele nasceu muito pela necessidade da Santa Casa, prestando um trabalho primordialmente, principalmente para pacientes do SUS. E nessa gestão atual, conseguimos fazer uma parceria que desenvolveu um trabalho muito otimizado, com resultados muito positivos no diagnóstico. A preocupação é que não temos nem garantia de que vamos ficar aqui ou não. Como a gente pode fazer para poder negociar, pelo menos, a nossa parte que nós temos laboratório, porque faz parte da história da Santa Casa, assim como dos outros serviços que têm aqui?", disse. 

Carlos diz que não se sabe nem se vai poder ter opção de comprar a parte dele e comenta que adquirir a estrutura inteira é inviável. "Já estamos avaliando a possibilidade de ter uma estrutura fora daqui. A nossa preocupação é realmente tentar manter esse trabalho que a gente vem fazendo, que é importante, pois traz um resultado positivo". 

Médico patologista, Aburad diz que a Santa Casa faz parte da história de Cuiabá e isso já é motivo para tentar valorizar e tentar manter ela de alguma forma. "Eu acredito que alguns serviços que funcionam aqui têm que ter um pouco de atenção para que a população não tenha prejuízo, entre eles a pediatria. A parte de oncologia, a parte de radioterapia, são segmentos importantes na condução desses tratamentos. Aqui na Santa Casa a gente tem uma estrutura bem embasada. E desfazer disso, a gente sempre fica meio apreensivo. Para onde vão esses pacientes? Qual serviço vai ser referenciado? Será que vão dar a mesma qualidade que a gente tenta dar aqui? Será que vai ter algum tipo de prejuízo para a população?", indaga. 

Também terão que deixar o local o Centro de Oncologia de Cuiabá, Centro de Oncologia e Radioterapia, Gastro Centro Endoscopia, Ihenco -Banco de Sangue, Laboratório Carlos Chagas, Marli da Silva Matsumura - ME (Cantina), Univag Centro Universitário de Várzea Grande, Nacional Estacionamentos e Sonimed Serviços Médicos. A Univag não quis se pronunciar. A reportagem não conseguiu respostas das outras empresas.





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