Acontece neste sábado (20.07), mais um encontro do projeto “Mapeamento de Povos Tradicionais de Matriz Africana”, desenvolvido pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em parceria com o Comitê Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais de Mato Grosso. O evento acontece no Àse Àláketú Ilé Iforiti (Tenda Caboclo Sete Flechas), localizado na rua Rua C, quadra 14 - número 13 - Bairro Flamboyat, Cuiabá em Cuiabá (MT), do Bàbàlorisá Jupirany De Odé.
A expectativa é reunir representantes de pelo menos 80 Casas Espíritas do estado. O objetivo deste projeto é elaborar um mapeamento amplo dos povos e comunidades tradicionais do estado, assim como identificar seus principais problemas, reivindicações e as formas de uso e acesso aos recursos naturais.
Este projeto é desenvolvido pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso e Comitê Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais de Mato Grosso que trabalharão no sentido de elaborar um mapeamento, o mais amplo possível, dos povos tradicionais de matriz africana, assim como identificar seus principais problemas, reivindicações e as formas de uso e acesso aos recursos naturais.
O projeto tem o propósito de gerar subsídios para a elaboração de políticas estaduais de desenvolvimento sustentável dos povos, bem como favorecer o processo de articulação das organizações da sociedade civil, condição necessária para o fortalecimento e garantia de direitos. “Tratam-se de grupos sociais portadores de identidades étnicas, que se mobilizam e lutam para assegurar os direitos básicos de acesso a bens materiais e simbólicos, considerados necessários à reprodução da identidade coletiva”, explicou o professor do curso de Agronomia da Unemat em Cáceres, Antonio João Castrillon Fernández, coordenador do projeto e doutor em Desenvolvimento Rural.
METODOLOGIA
O levantamento das informações para construção do mapeamento social acontece em duas fases. Inicialmente, será feita pesquisa e catalogação em base de dados oficiais, de organizações da sociedade civil e relatórios de pesquisas. Na sequência será realizado um trabalho empírico, com levantamento de informações em campo.
Os agentes sociais, representantes de povos e comunidades sociais, são atores centrais deste processo, participam como sujeitos ativos do mapeamento. O princípio que se tem para identificar povos e comunidades tradicionais é o princípio da autodeclaração. É a comunidade, o grupo, a identidade coletiva que se define por essa categoria
Ao final, serão construídos um mapa geral de povos e comunidades tradicionais e um mapa temático por segmento social, além da publicação na forma de livro dos resultados do mapeamento social do estado de Mato Grosso.
PARCEIROS
A iniciativa é desenvolvida pela Universidade do Estado de Mato Grosso, juntamente com o Comitê Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais e Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc).